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João Dias não comparece à Câmara

Delator do esquema de corrupção no Esporte entregou carta justificando ausência: "Últimos acontecimentos esvaziaram propósito do convite", disse

Por Da Redação
26 out 2011, 14h36

A poucos minutos do prazo previsto, o policial militar João Dias Ferreira informou, por meio de seus advogados, que não iria comparecer à Comissão de Fiscalização Financeira da Câmara dos Deputados para falar aos parlamentares. O PM é o delator do esquema de corrupção que pode derrubar o Ministério do Esporte, Orlando Silva.

De acordo com informações da Agência Câmara, João Dias entregou uma carta ao presidente da Comissão de Fiscalização Financeira e Controle, deputado Sérgio Brito (PSD-BA), justificando a ausência. No texto, João Dias diz que os “últimos acontecimentos esvaziaram o propósito” do convite – uma alusão à saída de Orlando Silva do cargo, que deve ser oficializada ainda nesta quarta.

O policial afirma que já entregou às autoridades provas suficientes da denúncia e que está à disposição da Justiça para prestar qualquer novo esclarecimento necessário.

Já o motorista Célio Soares Pereira, que contou ter entregue uma caixa de dinheiro ao ministro, avisou com antecedência que não iria à Câmara. Ambos foram convidados na semana passada. A cúpula do PCdoB protestou contra a ausência de João Dias, alegando que se trata de um golpe da oposição, que tenta manipular os fatos.

Detalhes – João Dias e Célio Soares relataram a VEJA detalhes do esquema de corrupção instalado na pasta, em que havia desvio de verbas em contratos com Organizações Não-Governamentais (ONGs). Segundo o policial militar, o PCdoB usava os convênios para fazer caixa de campanha. Das verbas destinadas às ONGs, até 20% era desviado.

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Ele afirmou também que o próprio ministro Orlando Silva, que deve oficializar sua saída do cargo ainda nesta quarta, recebeu uma caixa repleta de dinheiro, de acordo com uma das testemunhas do caso. Orlando Silva negava todas as acusações e desqualificou o delator, chamando-o de “bandido”. Na edição desta semana, VEJA revelou gravações demonstrando que funcionários do ministério ajudaram o PM a se livrar de ofício que o acusava de irregularidades.

Um dia depois de o Supremo Tribunal (STF) abrir inquérito contra Orlando Silva, o depoimento de João Dias poderia aumentar o desgaste da imagem do ministro, que já não estava seguro no cargo. Nesta terça-feira, em audiência para tratar da Comissão Geral da Lei da Copa, o comunista passou por constrangimentos na Câmara dos Deputados.

A oposição foi dura e disse que Silva sequer deveria estar ali, já que havia sido alijado do comando da Copa do Mundo pela própria presidente Dilma Rousseff. “Pede para sair, ministro. O senhor vai fazer um bem para o país”, afirmou o deputado Onyx Lorenzoni (DEM-RS). Nesta quarta, após pressão do próprio partido, Orlando Silva foi obrigado a seguir o conselho do democrata.

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