Jair Bolsonaro volta a defender prescrição médica para vacinar crianças
Em pronunciamento, presidente disse ainda que pediu a ministros que prestassem apoio total aos moradores dos municípios atingidos pelas chuvas na BA e em MG
O presidente Jair Bolsonaro voltou a criticar a adoção de passaporte vacinal no país e defendeu que haja prescrição médica e autorização dos pais para a imunização de crianças com vacinas contra a Covid-19.
“Não apoiamos o passaporte vacinal, nem qualquer restrição àqueles que não desejam se vacinar. Também, como anunciado pelo ministro da Saúde, defendemos que as vacinas para as crianças entre 5 e 11 anos sejam aplicadas somente com o consentimento dos pais e prescrição médica. A liberdade tem que ser respeitada”, afirmou o presidente na noite desta sexta-feira, 31, em pronunciamento de fim de ano feito em cadeia nacional de rádio e televisão.
Especialistas avaliam que facilitar a vacinação de crianças de 5 a 11 anos e adotar o comprovante vacinal são medidas necessárias para enfrentar a pandemia.
O chefe do Planalto também citou a tragédia causada pelas fortes chuvas na Bahia e em Minas Gerais. Ele disse que, desde o primeiro momento, orientou os ministros da Cidadania, João Roma, e do Desenvolvimento Regional, Rogério Marinho, a prestarem todo o atendimento necessário aos municípios atingidos. Bolsonaro passa férias em Santa Catarina e sofre críticas por não ter participado diretamente das ações do governo na situação.
O presidente voltou a criticar prefeitos e governadores, responsabilizando-os pela crise econômica por causa da política adotada para combater a pandemia de Covid-19 e também repetiu o discurso de que não há corrupção no governo: “Completamos três anos de governo sem corrupção. Já concluímos, com menor custo, centenas de obras paradas há vários anos”, disse.