Assine VEJA por R$2,00/semana
Continua após publicidade

Itália define nesta quarta destino de Henrique Pizzolato

Defesa do mensaleiro usa caso Batistti para tentar barrar extradição

Por Da Redação
11 fev 2015, 09h54

A Justiça italiana deu início nesta quarta-feira ao julgamento final sobre o destino do ex-diretor do Banco do Brasil Henrique Pizzolato, condenado no julgamento do mensalão a 12 anos e 7 meses de prisão. A Corte de Cassação de Roma vai analisar os recursos impetrados pelas promotorias brasileira e italiana contra a decisão de novembro do ano passado da Corte de Bolonha, que considerou que as prisões brasileiras não tinham condições de receber o condenado e optou por soltá-lo. A decisão deve ser proferida até a noite desta quarta. Pizzolato não compareceu à audiência.

Pizzolato fugiu para a Itália em outubro de 2013, utilizando documentos do irmão morto. Descoberto em fevereiro do ano seguinte, foi levado para a prisão de Módena. A extradição para o Brasil, contudo, foi negada. No recurso apresentado à ocasião, a promotoria da Itália indicou que não se pode generalizar as situações das prisões do Brasil e que outros condenados no caso do mensalão tiveram sua segurança garantida no Complexo da Papuda, no Distrito Federal. Já a defesa de Pizzolato utilizou relatórios da ONU e da Anistia Internacional para convencer os juízes italianos de que Pizzolato não deveria ser mandado ao Brasil.

Leia também:

Maluf, Pizzolato e outros brasileiros procurados pela Interpol

Continua após a publicidade

O Brasil garantiu à Itália que o ex-diretor de marketing do BB terá um tratamento “melhor” que os demais presos no país, assim como teria ocorrido com o restante dos condenados no julgamento do mensalão. O país apresentou ainda “garantias diplomáticas” de que a vida de Pizzolato não será ameaçada. “Pizzolato, como todos os outros presos da ação penal AP470 (mensalão), tem garantido respeito da lei e notável nível de conforto”, aponta o recurso brasileiro.

A defesa do brasileiro utiliza como argumento para barrar a extradição o caso do terrorista italiana Cesare Battisti, cuja extradição foi negada pelo governo brasileiro a Roma. Segundo o jornal O Estado de S. Paulo, os advogados do mensaleiro vão alegar que, como não houve colaboração por parte do Brasil nesse caso, a Itália deve responder da mesma forma.

Battisti foi responsável pela morte de quatro pessoas na década de 1970 na Itália e condenado à prisão perpétua por esses crimes. Em 1980, porém, ele fugiu da prisão e, mais tarde, recebeu asilo político no Brasil.

Publicidade

Matéria exclusiva para assinantes. Faça seu login

Este usuário não possui direito de acesso neste conteúdo. Para mudar de conta, faça seu login

Domine o fato. Confie na fonte.

10 grandes marcas em uma única assinatura digital

MELHOR
OFERTA

Digital Completo
Digital Completo

Acesso ilimitado ao site, edições digitais e acervo de todos os títulos Abril nos apps*

a partir de R$ 2,00/semana*

ou
Impressa + Digital
Impressa + Digital

Receba Veja impressa e tenha acesso ilimitado ao site, edições digitais e acervo de todos os títulos Abril nos apps*

a partir de R$ 39,90/mês

*Acesso ilimitado ao site e edições digitais de todos os títulos Abril, ao acervo completo de Veja e Quatro Rodas e todas as edições dos últimos 7 anos de Claudia, Superinteressante, VC S/A, Você RH e Veja Saúde, incluindo edições especiais e históricas no app.
*Pagamento único anual de R$96, equivalente a R$2 por semana.

PARABÉNS! Você já pode ler essa matéria grátis.
Fechar

Não vá embora sem ler essa matéria!
Assista um anúncio e leia grátis
CLIQUE AQUI.