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Internada após ingerir remédios, Flordelis recebe alta hospitalar no Rio 

Presidente da Comissão de Ética define Alexandre Leite (DEM-SP) como relator do caso da parlamentar na Câmara dos Deputados

Por Marina Lang Atualizado em 24 fev 2021, 18h29 - Publicado em 24 fev 2021, 17h26

A deputada federal Flordelis dos Santos (PSD-RJ), ré pelo assassinato do marido Anderson do Carmo, foi internada na noite de terça-feira, 23, no centro de tratamento intesivo (CTI) de um hospital em Niterói, na região metropolitana do Rio de Janeiro. Ela foi encontrada desacordada por familiares depois de ter ingerido excesso de medicamentos, horas após saber da decisão do Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro (TJ-RJ) que a afastou do mandato parlamentar.  A congressista teve alta na tarde desta quarta-feira, 24, e está em sua residência, que fica na mesma cidade. 

Além da decisão do TJ-RJ, começará a tramitação do processo de Flordelis por quebra de decoro parlamentar no Conselho de Ética da Câmara dos Deputados. O presidente da comissão, Juscelino Filho (DEM-MA) definiu a relatoria do caso da parlamentar a Alexandre Leite (DEM-SP). Caberá ao relator definir se Flordelis cometeu infração e recomendar a punição.

Se a cassação for decidida pelo Conselho, o caso vai a plenário. Flordelis só será cassada por maioria absoluta entre os 513 deputados, ou seja, 257 votos. 

Flordelis foi acusada pela Polícia Civil e pelo Ministério Público do Rio de ser a mentora e a mandante da morte do próprio marido, o pastor Anderson do Carmo, em junho de 2019. Ela nega as acusações e aponta duas filhas – uma biológica e outra adotiva – pelo planejamento do homicídio. O pastor levou seis tiros na garagem de casa e seu corpo tinha mais de 30 perfurações devido a reentradas dos disparos. Dois filhos foram apontados como autores: o biológico Flávio dos Santos teria atirado no evangélico, enquanto Lucas Cézar dos Santos, filho adotivo, obteve a arma usada no crime, uma pistola 9 mm. Ao todo, Flordelis e Anderson tinham 55 filhos – 4 deles são biológicos, fruto de um relacionamento anterior da parlamentar.

Ré na justiça fluminense, a deputada usa uma tornozeleira eletrônica e só tem autorização para estar em Niterói, Rio de Janeiro e Brasília. Ela está sendo julgada pela 3ª Vara Criminal de Niterói. O processo está em fase das alegações finais e a juíza Nearis dos Santos Carvalho Arce irá decidir se Flordelis e outros 10 filhos e pessoas ligadas à deputada vão a júri popular. 

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“A internação se deu pelo o excesso de medicação tomada após a injusta decisão do pedido de seu afastamento do mandato de deputada federal, com a justificativa que atrapalharia as investigações, que pasmem, encerraram em sua primeira fase, não cabendo, portanto, nenhuma possibilidade de utilização de seu cargo para prejudicar o processo”, disse a assessoria de Flordelis em nota divulgada nas redes sociais.⠀

O comunicado também reclama do tratamento que a deputada vem recebendo da opinião pública.

“A deputada Flordelis vem sofrendo um linchamento público antes mesmo do fim da primeira fase do processo que investiga a morte de seu marido, o pastor Anderson do Carmo, ela vem sendo condenada e humilhada perante a opinião pública, sem nenhum direito de defesa”, afirmou o texto. 

Aliada do presidente Jair Bolsonaro (sem partido), Flordelis vinha tentando se aproximar do presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL), na tentativa de evitar um eventual processo de cassação na casa. Desde quando se tornou ré pela morte do marido, em agosto de 2020, a deputada vinha mantendo uma vida parlamentar e social como se nada houvesse acontecido

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