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‘Ideal é que Aécio não seja candidato’, diz Alckmin à rádio

Em entrevista à rádio Bandeirantes, o ex-governador disse que espera que a decisão de não disputar as eleições parta do próprio parlamentar

Por Estadão Conteúdo 18 abr 2018, 21h41

Presidente do PSDB e pré-candidato do partido ao Planalto, Geraldo Alckmin afirmou nesta quarta-feira (18), ser “evidente” que o melhor cenário para a sigla é que o senador Aécio Neves (PSDB-MG) não concorra às eleições desse ano. Em entrevista à rádio Bandeirantes, o ex-governador disse, no entanto, que espera que a decisão parta do próprio Aécio e seja anunciada “nos próximos dias”.

“Aécio sabe o que penso, é claro que o ideal é que não seja candidato, é evidente. Acho que ele mesmo, assim como tomou a decisão de se afastar da presidência do partido (quando surgiu a denúncia), tomará essa decisão. Vamos aguardar a decisão dele. Tenho certeza que vai tomar e se dedicar à questão processual e à defesa”, disse Alckmin.

O ex-governador de São Paulo afirmou ainda que o episódio envolvendo Aécio, que foi o candidato do partido na eleição presidencial de 2014, é “muito ruim”. “Mas o que se faz em uma democracia: o Judiciário toma as medidas que tem que tomar, a pessoa se defende e é julgada”, emendou.

Na terça-feira (17), a Primeira Turma do Supremo Tribunal Federal (STF) aceitou a denúncia da Procuradoria-Geral da República (PGR) contra o senador tucano pelos crimes de corrupção passiva e obstrução da Justiça, com base na delação premiada do Grupo J&F. Aécio se tornou réu pela primeira vez no Supremo por causa do episódio em que foi gravado pedindo 2 milhões de reais a Joesley Batista, da JBS.

Após a decisão, congressistas do PSDB procuraram dissociar o caso da imagem da legenda, na tentativa de evitar uma contaminação da candidatura de Alckmin ao Planalto. Aécio decide no momento se leva adiante a campanha à reeleição ao Senado, já que seu mandato se encerra este ano.

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Na entrevista desta quarta-feira, o tucano também tentou minimizar o impacto da notícia sobre as pretensões do PSDB em Minas Gerais, o que também diminuiria suas chances no Estado. “Vamos ter grande candidato a governador em Minas, que é o Antônio Anastasia. Acho que o mineiro vai escolher o melhor para o Brasil, a situação financeira do governo de MG é catastrófica com o governador do PT. Anastasia tem grande chance de fazer um bom governo”, declarou.

Lula

Alckmin tentou diferenciar as atitudes de seu partido e do PT do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, condenado e preso pela Lava Jato, em relação à Justiça. Segundo ele, enquanto os petistas partem para o enfrentamento, o partido acata as decisões judiciais e aguarda o fim do inquérito.

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“Há uma diferença nessas questões. O Lula é o grande imperador do PT, tratam Lula como injustiçado, preso político. Não é nada disso, nós não fazemos isso no PSDB. Nós afastamos do partido, respeitamos a decisão judicial”, disse em entrevista à Bandeirantes. “Mas é óbvio que ainda não houve julgamento e todas as pessoas têm direito à defesa”, emendou.

Repetindo o que disse na terça-feira após a decisão da Primeira Turma do STF de aceitar a denúncia contra o senador tucano, Alckmin salientou que não existe “Justiça azul, vermelha, verde, amarela” e que “decisão judicial se respeita”. “A lei é para todos, não tem nenhuma distinção entre partidos”, afirmou.

Além de Aécio, serão investigados sua irmã, Andrea Neves, o primo Frederico Pacheco de Medeiros, e Mendherson Souza Lima, ex-assessor do senador Zezé Perrella (MDB-MG), que também se tornaram réus por corrupção passiva.

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