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Horário de verão deve ser mantido, diz líder do governo

Casa Civil estuda 'conveniência' de adotar o programa na temporada 2017/2018, por conta de estudo que aponta a economia de energia como insuficiente

Por Da Redação
Atualizado em 25 set 2017, 14h18 - Publicado em 25 set 2017, 11h52
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  • Após uma reunião com o presidente Michel Temer (PMDB) na noite deste domingo, no Palácio do Jaburu, o líder do governo na Câmara, Aguinaldo Ribeiro (PP-PB), disse que a tendência é que o horário de verão seja mantido na temporada 2017/2018. Na semana passada, a Casa Civil afirmou que estava fazendo estudos sobre a “conveniência” do programa, que consiste em atrasar os relógios das regiões Sul, Sudeste e Centro-Oeste para aumentar o aproveitamento da luz solar e reduzir a economia de energia.

    “A avaliação de todos que participaram da reunião é uma avaliação no sentido de se manter o horário, mas a decisão será tomada posteriormente pelo presidente e o ministro da pasta. Nós fizemos a avaliação é de que a tendência é isso se mantenha”, afirmou Ribeiro, se referindo ao titular de Minas e Energia, Fernando Coelho Filho (PMDB).

    A razão para que o governo começasse a repensar a utilidade do horário de verão foi um estudo do Operador Nacional do Sistema Elétrico (ONS), que mudanças no perfil de consumo ocorridas nos últimos anos fizeram com que a medida trouxesse resultados “próximos à neutralidade” em relação à economia de energia e redução de demanda por carga.

    O horário de verão está previsto para começar no dia 15 de outubro deste ano. Em vigor no Brasil desde 1931, a alteração nos relógios que ocorre entre o fim e o início de cada ano visa distribuir melhor o consumo de energia, reduzindo custos operacionais. Isso ocorre em razão da maior incidência de luz natural no período. Com mais tempo de claridade, o acionamento de iluminação elétrica e também de outros aparelhos, como chuveiros, é postergado, diminuindo o pico de demanda no sistema elétrico do país.

    Bares e restaurantes estudam fazer uma campanha para que o programa permaneça. O presidente da Associação Brasileira de Bares e Restaurantes (Abrasel-SP), Percival Maricato, afirma que o horário de verão aumenta o movimento nos estabelecimentos. “As pessoas se sentem mais seguras, a cidade fica mais iluminada e muita gente sai do serviço e vai para o bar socializar. Beneficia a cidade e a sociabilidade”, argumenta.

    Como a questão é polêmica e divide opiniões, o governo deve realizar uma enquete popular para decidir se manterá ou não o horário de verão no país. Enquete publicada na última quinta-feira por VEJA mostrou que a maioria é favorável ao fim do programa.

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