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Hopi Hari ficará fechado por dez dias para vistoria

Medida faz parte de termo firmado entre direção do parque e Ministério Público após morte de adolescente; multa por descumprimento é de 95 mil reais por dia

Por Cida Alves, de Vinhedo
1 mar 2012, 20h18

O parque Hopi Hari, em Vinhedo, no interior de São Paulo, vai ficar fechado pelo menos pelos próximos dez dias, a contar desta sexta-feira, por determinação do Ministério Público (MP). Na última sexta-feira, a adolescente Gabriella Yukari Nichimura, de 14 anos, morreu ao despencar do brinquedo La Tour Eiffel. A medida faz parte de um Termo de Ajustamento de Conduta (TAC) firmado nesta quinta-feira entre a direção do Hopi Hari e a Promotoria de Justiça dos Direitos do Consumidor do MP. A multa para o Hopi Hari em caso de descumprimento da medida é de 95 000 reais. O prazo de fechamento poderá ser prorrogado.

Segundo a promotora Ana Beatriz Vieira, a suspensão das atividades é uma ação de prevenção porque o sistema de segurança do parque já se mostrou ineficiente. O sistema de travamento do brinquedo, explicou, dependia exclusivamente da ação humana. “Se o humano falhasse, certamente seria fatal – como foi”, disse Ana Beatriz. “A responsabilidade do parque é inegável. Houve uma falha no serviço, que foi mal prestado e causou dano ao consumidor”.

O Hopi Hari admitiu, nesta quinta, que a cadeira em que Gabriella estava sentada deveria estar interditada. A família quer indenização do parque e da prefeitura de Vinhedo.

Vistoria – A partir de segunda-feira, uma equipe do MP vai vistoriar os equipamentos, checar os procedimentos de segurança e o treinamento dos funcionários do parque. Participarão da vistoria integrantes do Conselho Regional de Engenharia de São Paulo, do Instituto de Criminalística, do Instituto de Pesquisas Tecnológicas de São Paulo e do Corpo de Bombeiros. O delegado Álvaro Santucci Noventa Júnior, responsável pelas investigações, também estará no local.

A direção do Hopi Hari deve manter uma equipe de operação e manutenção à disposição da equipe do MP que vai fazer a vistoria, assim como apresentar documentos relativos aos equipamentos. Após a checagem das condições de funcionamento do parque, o MP decidirá se ele poderá reabrir as portas e se medidas adicionais terão que ser tomadas para que se enquadre às normas de segurança. “O objetivo do Ministério Público é garantir a segurança do frequentador do parque”, disse a promotora.

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Gabriella Yukari Nichimura, morta ao cair do brinquedo La Tour Eiffel no parque Hopi Hari, em Vinhedo
Gabriella Yukari Nichimura, morta ao cair do brinquedo La Tour Eiffel no parque Hopi Hari, em Vinhedo (VEJA)

Sinalização – O brinquedo de onde Gabriella caiu, La Tour Eiffel, ficará fechado por tempo indeterminado até que fique comprovado que ele é seguro. Quando o brinquedo voltar a funcionar, a cadeira em que ela estava sentada deverá permanecer interditada e sinalizada para que ninguém ocupe o lugar. “O parque se comprometeu a manter inoperante o equipamento, por tempo indeterminado, até que seja apresentado ao Ministério Público um plano de incremento de segurança dessa atração”, afirmou a promotora.

O MP informou que uma empresa suíça é a fabricante do brinquedo. Existem quarenta equipamentos como esse no mundo e essa foi a segunda morte de um usuário. A primeira foi em 1999, nos Estados Unidos, quando, além da trava, não era usada a fivela de segurança.

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