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Homicídios sobem na despedida dos Sarney no Maranhão

Taxa de mortes violentas supera em oito vezes a recomendação da ONU para uma sociedade equilibrada. Dinastia dos Sarney não deixará saudades

Por Luciano Pádua
9 jan 2015, 19h30

O Maranhão, que acaba de sair do domínio político de mais de cinquenta anos da família Sarney, já começa o ano com mais um desafio: o aumento da violência em 2014. Em relação a 2013, os homicídios aumentaram 24,7%. A taxa de mortes violentas para cada grupo de 100.000 habitantes superou em oito vezes a recomendação da Organização das Nações Unidas (ONU) para uma sociedade equilibrada – 10 a cada 100.000 habitantes.

Só na região metropolitana de São Luís foram mortas 117 pessoas em dezembro. Com essa marca, a região totalizou 1.227 homicídios em 2014, ou 87,6 mortes para cada 100.000 habitantes. O levantamento foi feito pelo CAOp-CEAP, um centro de controle da atividade policial do Ministério Público estadual do Maranhão. A pesquisa usa dados obtidos no Instituto Médico Legal (IML) com a metodologia de aferição Crimes Violentos Letais Intencionais (CVLI), sugerida pela Secretaria Nacional de Segurança. Dados de outros órgãos não consideram casos de resistência seguida de morte, latrocínio, infanticídio, disparo acidental, mortes não esclarecidas e vítimas de homicídios em prisões.

Para os autores das estatísticas, há falta de estrutura física e humana nas polícias civil e militar, cujo déficit é superior a 12.000 homens. “Além disso, faltam políticas públicas de combate à criminalidade. Esse número ao qual chegamos ainda pode ser maior, porque não usa o sistema de saúde como referência. Somente em penitenciárias, foram mais de 60 mortes no ano passado”, afirma o promotor criminal Cláudio Cabral, coordenador do CAOp-CEAP.

Confrontados com anos anteriores, os homicídios na região metropolitana avançaram 88% desde 2010, segundo um levantamento realizado pelo professor Julio Jacobo, que realiza o Mapa da Violência, para o site de VEJA. Em 2002, o Maranhão contabilizou 194 mortes violentas, um crescimento de 532% com o resultados apenas da região metropolitana do estado.

“Houve uma interiorização da violência na última década, que estava então concentrada na região Sudeste. Ao mesmo tempo, o aparelho de segurança nesses estados não teve modernização”, afirma Julio Jacobo, da Faculdade Latino-Americana de Ciências Sociais e autor do Mapa da Violência.

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