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Haddad atribui desempenho fraco em pesquisas a desconhecimento

No Ibope, o candidato a vice registrou 4% da preferência, enquanto 39% dos eleitores do petista afirmaram que não votariam em Haddad ''de jeito nenhum'

Por Estadão Conteúdo 31 ago 2018, 20h11

Em passagem por Fortaleza, nesta sexta-feira 31, o candidato a vice-presidente pelo PT nas eleições 2018, Fernando Haddad, relacionou seu desempenho como “plano B” do partido nas pesquisas eleitores com o nível de desconhecimento da população ao seu nome. Em entrevista ao jornal O Povo transmitida nas redes sociais, o ex-prefeito paulistano afirmou que as pessoas tendem, num primeiro momento, a não declarar voto em quem não conhecem, mesmo que “a própria mãe mande”.

Na última pesquisa Ibope/Estado/TV Globo, Haddad registrou 4% da preferência do eleitorado, enquanto o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva lidera o cenário em que é colocado como candidato com 37% das intenções de voto. Além disso, 39% dos eleitores de Lula dizem que não votariam no ex-prefeito “de jeito nenhum” se o ex-presidente for impedido de concorrer e declarar apoio ao substituto na eleição. Por outro lado, 28% do eleitorado que declara preferência por Lula afirma que votaria “com certeza” e 22% declara que “poderia votar” em Haddad.

“É evidente que, quando você apresenta um nome, a pessoa vai falar: eu não voto se a minha mãe mandar, por exemplo, não precisa nem ser o Lula, porque eu não conheço, não sei”, disse. Ele reforçou, contudo, que não trabalha com um cenário de substituição neste momento. “Não estamos trabalhando com isso nesse momento.”

Haddad foi questionado sobre alianças do PT com partidos que apoiaram o impeachment da presidente Dilma Rousseff em 2016. No Ceará, por exemplo, há uma aliança informal entre o governador Camilo Santana (PT) e o senador Eunício Oliveira (MDB). “Em política, você toma medidas para que um projeto seja viabilizado”, justificou Haddad, classificando as alianças como um “reposicionamento” de partidos.

O petista chamou a atenção para a necessidade de alianças visando uma composição de base no Congresso Nacional após a eleição. “Não existe política sem Congresso Nacional. O grande ensinamento do Lula foi conviver com os diferentes.” Comentando a aproximação de Camilo Santana com o candidato Ciro Gomes (PDT), Haddad fez um aceno ao governador do Ceará. “Tenho certeza que, se a decisão do TSE (Tribunal Superior Eleitoral) for pelo registro do Lula, como quer o povo, o Camilo vai estar abraçado com o Lula nas ruas do Brasil.”

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