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Haddad anuncia secretários ligados à gestão Marta

Padrão, no entanto, não deve ser repetido em outras indicações; PP, de Paulo Maluf, deve sugerir nomes

Por Jean-Philip Struck
12 nov 2012, 18h30

O prefeito eleito de São Paulo, Fernando Haddad (PT), anunciou na tarde desta segunda-feira os nomes dos seus cinco primeiros secretários, que vão ocupar pastas estratégicas. Três secretários já trabalharam na administração da ex-prefeita Marta Suplicy (2001-2004), a antecessora de Haddad, que só apoiou sua candidatura após negociações que envolveram a oferta de um ministério.

Entre os nomes anunciados nesta segunda estão o vereador e coordenador da campanha de Haddad, Antônio Donato (PT), escolhido secretário de Governo – no governo Marta ocupava a pasta das subprefeituras. Já Leda Maria Paulani, a nova secretária de Planejamento, e Luís Fernando Massonetto, novo secretário de Negócios Jurídicos, trabalharam como assessores da secretaria de Finanças na gestão Marta.

Os novos secretários de Fernando Haddad

Governo: Antonio Donato, 52 anos. Vereador pelo PT, foi coordenador da campanha de Haddad, Foi secretário de Subprefeituras do governo Marta Suplicy (2001-2004).

Finanças: Marcos de Barros Cruz, 37 anos. Ligado ao mercado, é sócio da firma de consultoria McKinsey & Company. Foi responsável por iniciativas de aprimoramento da gestão e de reorganização na Casa Civil da Presidência.

Planejamento, Orçamento e Gestão: Leda Maria Paulani, 58 anos. Professora titular do Departamento de Economia da Universidade de São Paulo (USP). Foi assessora da secretaria de Finanças do governo Marta Suplicy

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Negócios Jurídicos: Luis Fernando Massonetto, 35 anos. Advogado, é professor de direito tributário da faculdade de direito da USP. Foi chefe de gabinete de Haddad no Ministério da Educação e assessor no governo Marta Suplicy.

Desenvolvimento Urbano: Fernando de Mello Franco, 48 anos. Arquiteto, ex-professor da USP São Carlos, é curador do Instituto de Urbanismo e estudos da Metrópole (Urbem).

Mesmo com nomes ligados à antiga administração petista, o perfil dos primeiros indicados, por enquanto, seguiu um padrão técnico. Entre os indicados, apenas o vereador Donato é filiado ao PT. Leda Paulini, Luís Massonetto e os novos secretários de Finanças, Marcos Cruz, e Desenvolvimento Urbano, Fernando de Mello Franco, têm currículos acadêmicos.

O novo secretário de Finanças, Marcos Cruz, foi uma indicação do empresário Jorge Gerdau . É sócio da firma de consultoria McKinsey & Company. Seu principal desafio deve ser a renegociação da dívida da cidade. Leda Paulani, a nova titular da pasta de Planejamento, é professora titular do Departamento de Economia da Universidade de São Paulo (USP).

Apesar do perfil dos novos secretários, o prefeito deu mostras de que as futuras indicações devem sofrer influência dos partidos aliados. Haddad afirmou que os novos titulares das cinco secretarias foram anunciados antes porque as ações dessas pastas “repercutem no governo todo”.

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“Nosso desejo de anunciar rapidamente é para garantir o tempo necessário de transição junto a seus pares [os atuais secretários do prefeito Gilberto Kassab]”, disse Haddad.

PP de Maluf – Haddad disse ainda que pretende escolher a maior parte dos secretários do seu governo até o fim de novembro. O perfil dos outros escolhidos, no entanto, não deve sempre seguir um padrão técnico, mas sim o critério mais questionável da indicação política. Ao todo, a prefeitura de São Paulo tem 27 secretarias, e o prefeito deve criar mais duas (Mulheres e Igualdade Racial).

“Haverá pluralidade. Não adianta você achar que com um pequeno grupo você vai governar a cidade”, disse Haddad.

Mais cedo, o prefeito esteve em Brasília, onde se encontrou com o ministro das Cidades, Aguinaldo Ribeiro, que já foi o líder do PP na Câmara Federal. Haddad negociou com o ministro a participação do PP no governo. É o partido do deputado federal e ex-prefeito Paulo Maluf (PP-SP), que apoiou o PT nas eleições. Ribeiro deve indicar alguns quadros do seu partido.

O prefeito eleito, entretanto, afirma que mesmo essas sugestões vão passar pelo seu crivo. “Sugestões são bem vindas, mas a palavra final é do prefeito”, disse Haddad.

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