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Guedes vai ao STF para negociar precatórios e ensaia tese conspiratória

Ministro da Economia procurou juízes do STF para reclamar do pagamento bilhões de reais do antigo Fundef

Por Laryssa Borges Materia seguir SEGUIR Materia seguir SEGUINDO 21 ago 2021, 17h43

Afeito a todo tipo de teoria da conspiração, o presidente Jair Bolsonaro se convenceu há tempos que o Supremo Tribunal Federal (STF) trabalha para impedi-lo de governar. O discurso, ecoado com mais vigor no ano passado, quando o ministro Alexandre de Moraes proibiu a nomeação do delegado Alexandre Ramagem para a Polícia Federal, e retomado recentemente após ordens do Supremo para a instalação da CPI da Pandemia e para buscas contra aliados do ex-capitão, passou agora a ser verbalizado também pelo ministro da Economia Paulo Guedes.

Em reunião recente com integrantes do STF, Guedes levou uma pauta incômoda à equipe econômica: a ordem que o Supremo deu ao Executivo para pagar o que deve aos Estados por repasses subvalorizados do antigo Fundef, o fundo de financiamento do Ensino Fundamental e valorização do magistério. Segundo o relato de magistrados a VEJA, o tom de Guedes era o de que o Supremo era o culpado pelo Executivo estar de mãos atadas e supostamente ser impedido de governar e o de que ministros do tribunal indicados por governos petistas estariam prontos para tolher a todo momento as atribuições presidenciais de Bolsonaro. “Ele já estava pronto com o discurso conspiratório de que o Supremo não deixa o presidente governar, o que é música para os ouvidos de Bolsonaro”, disse um dos ministros, sob reserva, a VEJA.

Publicamente Paulo Guedes chegou a afirmar que um “meteoro” que vem de outros poderes ameaça as despesas do governo. Só em precatórios, dívidas da União reconhecidas pela Justiça, a fatura do governo para 2022 é de 89,1 bilhões de reais, sendo 16 bilhões de reais por ordens do STF. No caso dos precatórios do Fundef, tema do encontro em que o chefe da Economia repetiu o discurso de que o Supremo impede o Executivo de governar, a Bahia tem a receber 8,76 bilhões de reais. Outros estados também pedem o reconhecimento do crédito.

A Advocacia-Geral da União (AGU) já recorreu ao tribunal contra o caso baiano e pediu que a Corte abra um processo de conciliação que permita o parcelamento dessas dívidas.

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