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Grupos pró e contra impeachment se enfrentam em frente à sede da Fiesp

Manifestantes contrários ao afastamento da presidente Dilma Rousseff entraram em confronto com protestantes acampados na Avenida Paulista

Por Da Redação
15 Maio 2016, 21h24

Manifestantes pró e contra o impeachment da presidente Dilma Rousseff se estranharam em frente à sede da Federação da Indústria do Estado de São Paulo (Fiesp) no início da noite deste domingo. Embora ambos defendam a saída do presidente interino Michel Temer, houve empurra-empurra, gritos, provocação e tensão entre os dois lados. Neste momento, o clima continua tenso, mas sem agressão, ainda que os dois lados continuem se provocando.

A Polícia Militar não interveio no empurra-empurra, mas criou uma linha de policiais em frente às barracas para defender os manifestantes acampados em frente ao prédio da Fiesp desde meados de março e que estão em menor número hoje. A estudante de Direito Bibiana Oliveira, 21 anos, favorável ao impeachment de Dilma, provocou e foi provocada na confusão. Ela está acampada em frente ao prédio da Fiesp desde março e disse que pretende ficar ali até que Temer saia da Presidência.

“Eles (manifestantes contrários ao impeachment) ficam gritando ‘sem violência’, mas vieram aqui pichar e quebrar nossas placas. O caso mais grave foi um menino que veio chutar nossas barracas e que tentou me bater”, disse Bibiana. A estudante também foi flagrada provocando os manifestantes, colocando as mãos nos olhos e fingindo chorar, o que gerou bastante revolta no lado oposto. “Isso foi depois que eles quebraram o acampamento. Antes deles atacarem, não saiu nenhuma provocação nossa”, disse Bibiana. “Nós também gritamos Fora Temer. Também queremos o fim da corrupção, mas não somos indignados seletivos”, acrescentou.

Do outro lado, o militante petista Rafael Monico, 30 anos, afirmou que um rapaz acampado em frente à sede da Fiesp iniciou as provocações. “O que acontece é que, na hora em que o ato foi chegando, um rapaz saiu das barracas com um pedaço de pau e quis agredir duas ou três pessoas. E aí começou a confusão”. Monico negou que o grupo tenha provocado os que estão acampados ali desde março.

“A decisão era passar pela Paulista inteira. A Paulista é do povo. A Paulista é hoje aberta para o povo de forma democrática para que todos possam se manifestar politicamente e culturalmente. Foi isso que fizemos hoje. Sabíamos que, ao passarmos por aqui, teríamos isso, mas não podemos deixar de passar porque tem um pessoal aqui que é contra”, acrescentou.

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Caminhada

Os manifestantes contrários ao impeachment fizeram hoje uma grande caminhada por São Paulo. O protesto foi iniciado por volta das 15h20, na Praça do Ciclista, na Avenida Paulista, passou pela Rua da Consolação e foi até a Praça Roosevelt, onde os milhares de manifestantes presentes ao ato fizeram uma rápida assembleia e decidiram voltar para a Avenida Paulista, subindo pela Rua Augusta.

O ato seria encerrado em frente à Fiesp, onde eles chegaram por volta das 18h. No local, os manifestantes sentaram no chão e gritaram palavras de protesto contra a entidade, dizendo que ela apoiou a ditadura e o impeachment de Dilma. Parte dos manifestantes decidiu continuar em caminhada pela Paulista, sentido Paraíso, quando se encontraram com o grupo acampado ao lado da Fiesp desde março e que apoiou o impeachment de Dilma. Os grupos se provocaram e se empurraram até que outros manifestantes tentassem separá-los.

(com Agência Brasil)

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