Governo publica nomeações na Caixa, Saúde e Transportes
Mudanças fazem parte da reforma ministerial que ocorre em função das eleições; políticos têm até o dia 7 de abril para deixaram seus cargos
O governo publicou em uma edição extra do Diário Oficial da União as mudanças em seu ministério em razão da saída de políticos que vão disputar cargos nas eleições de 2018.
Nesta segunda (2), o presidente Michel Temer (MDB) nomeou Nelson Antônio de Souza para exercer o cargo de presidente da Caixa Econômica Federal, em substituição a Gilberto Occhi, nomeado ministro da Saúde no lugar de Ricardo Barros — que será candidato a deputado federal pelo Paraná.
Ligado ao PP, Occhi vinha sendo cotado para a Saúde havia dias. A transferência do cargo estava marcada para a semana passada, mas na última hora a indicação foi suspensa, diante do receio de que, com a transferência, o partido perdesse o comando da Caixa. As trocas foram confirmadas no sábado (31)
A indefinição sobre a chefia do Ministério da Saúde e da Caixa tem como pano de fundo a própria sucessão presidencial. Há duas semanas, Temer havia sinalizado o desejo de receber um apoio mais explícito do PP à sua candidatura à Presidência.
O jogo mudou depois da Operação Skala, que apura supostos benefícios no setor portuário e prendeu amigos do presidente. Diante desse quadro, a busca por apoios ao governo teria se tornado mais urgente ao presidente do que a montagem de alianças por sua reeleição.
Também tomou posse o novo ministro dos Transportes, Valter Casimiro, ex-diretor do Departamento Nacional de Infraestrutura Transportes (DNIT). Ele assume no lugar de Maurício Quintella, que também deixou o cargo para ser candidato.
As mudanças fazem parte da reforma ministerial que ocorre por causa das eleições deste ano. Os ocupantes de cargos públicos têm até 7 de abril para se desincompatibilizar se quiserem concorrer no pleito de outubro. Segundo o governo, 14 pastas devem atingidas pela reforma.
Ainda devem deixar o governo os ministros Marx Beltrão (Turismo) e Mendonça Filho (Educação). Também é esperada a saída de Osmar Terra (Desenvolvimento Social), Fernando Coelho Filho (Minas e Energia), Helder Barbalho (Integração Nacional) e Leonardo Picciani (Esporte).
(com Estadão Conteúdo)