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Governo envia Força Nacional para área ocupada por índios

Conflito entre indígenas e fazendeiros na região motivou governo do estado a pedir auxílio do Ministério da Justiça; governo enviará 110 homens nesta quarta

Por Gabriel Castro e Marcela Mattos, de Brasília
4 jun 2013, 21h03

O governo autorizou na noite desta terça-feira o envio da Força Nacional para a região de Mato Grosso do Sul que tem sido cenário de conflitos entre fazendeiros e indígenas. Na manhã desta quarta-feira, 110 militares embarcarão com destino a Sidrolândia, onde um índio foi morto durante confronto com a Polícia Federal em uma tentativa de reintegração de posse da fazenda Buriti.

O governador do estado, André Pucinelli (PMDB), foi quem pediu o apoio da Força Nacional. O ministro da Justiça, José Eduardo Cardozo, afirmou também que o governo estuda um reforço no contingente da PF no estado.

A Força Nacional ficará subordinada ao comando da Secretaria de Segurança de Mato Grosso do Sul, o que significa que os 110 homens podem ser empregados inclusive em cumprimento a mandados de reintegração de posse. Segundo o ministro da Justiça, a postura do governo é de pacificar a situação e evitar novos confrontos.

Os militares permanecerão no estado por tempo indeterminado. “Não há prazo. Será o tempo que for necessário”, disse Cardozo, logo após tratar do tema em uma reunião com a ministra da Casa Civil, Gleisi Hoffmann.

Reunião – Nesta terça-feira, o ministro-chefe da Secretaria-Geral da Presidência, Gilberto Carvalho, se reuniu durante quatro horas com cerca de 140 indígenas que haviam ocupado o canteiro de obras da usina de Belo Monte, no Pará. Representantes da Funai, do Ministério Público Federal e de órgãos do governo também participaram do encontro.

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O ministro ouviu duras críticas dos representantes de seis etnias – que viajaram a Brasília em avião da Força Aérea, às custas do governo.

Dentre as principais reivindicações dos indígenas, estão a realização de consultas a respeito da construção de hidrelétricas nos rios Tapajós e Teles Pires, no Pará – além da paralisação das obras de Belo Monte, no rio Xingu.

Gilberto Carvalho afirmou que, no caso das obras ainda não-iniciadas, o governo realizará consultas com os indígenas que vivem nas regiões afetadas. Mas ele deixou claro que, em caso de resposta negativa, as obras devem prosseguir.

O ministro disse que o governo já determinou que a Força Nacional intensifique a segurança na usina, para evitar novas invasões – até porque os indígenas prometem novos protestos no local.

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Em 20 dias, o ministro deve se reunir novamente com os indígenas – desta vez, na terra deles. Apesar da falta de acordo da reunião, o ministro deu declarações otimistas: “Fizemos essa reunião para demonstrar a vontade política do governo em dialogar”, afirmou.

Sidrolândia – Durante o encontro, o ministro chegou a dizer que a presidente Dilma Rousseff havia pedido que o Ministério da Justiça não cumprisse imediatamente o mandado de reintegração de posse na fazenda Buriti, em Sidrolândia (MS), porque poderia haver conflitos. Depois, questionado pela imprensa, o ministro não quis se referir novamente ao episódio.

“O que o governo pode fazer é esgotar as instâncias e os recursos para depois fazer o cumprimento do mandado da forma mais preparada possível”, disse ele.

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