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Governo adota nova plataforma contra espionagem

Novo sistema a ser desenvolvido pelo Serviço Federal de Processamento de Dados (Serpro) será implantado para evitar espionagem a dados e informações do governo brasileiro

Por Marcela Mattos Materia seguir SEGUIR Materia seguir SEGUINDO 14 out 2013, 18h03

A partir de novembro, a presidente Dilma Rousseff vai aderir a um novo sistema para evitar espionagem de dados e informações do governo brasileiro. Um decreto a ser assinado por Dilma nos próximos dias torna obrigatório o uso de uma ferramenta desenvolvida pelo Serviço Federal de Processamento de Dados (Serpro), para a troca de informações. Até meados de 2014 todos os órgãos do governo federal devem estar incorporados à nova tecnologia.

O sistema para troca de mensagens utilizado atualmente pelo governo federal é o Outlook, desenvolvido pela empresa americana Microsoft, e será substituído pela terceira versão do Expresso, desenvolvido por uma tecnologia nacional. O mecanismo, que conta com técnicas de assinatura digital e criptografias, reforça a segurança de e-mails, videoconferências, catálogo de contatos e da agenda pessoal.

A iniciativa é uma forma de tentar evitar novos casos de espionagem dos serviços de inteligência dos Estados Unidos contra funcionários do governo brasileiro, incluindo a própria Dilma, a Petrobras e o Ministério de Minas e Energia. Neste primeiro momento, além da presidência do Palácio do Planalto, o Ministério do Planejamento, das Comunicações e da Fazenda devem aderir à tecnologia do Serpro.

O sistema não é uma novidade: cerca de um terço dos servidores do Palácio do Planalto já utiliza a segunda versão do Expresso, uma abaixo da que será implantada. A tecnologia também é a mesma utilizada pelo sistema de segurança da Receita Federal para armazenar as contribuições do imposto de renda. A presidente Dilma, porém, sempre foi adepta tecnologia americana. “Não era usada porque nunca se preocupou que essas ferramentas pudessem criar tanta possibilidade maliciosa de uso”, admitiu o presidente do Serpro, Marcos Mazoni.

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Mazoni afirmou que se a presidente já fosse usuária do sistema, implantado em alguns órgãos federais desde 2007, os Estados Unidos dificilmente conseguiriam espionar os dados nacionais. “Com esse sistema não há a menor possibilidade de espionagem. Nossa infraestrutura garante que não há invasão e, se houver, nós saberemos no mesmo momento”, afirmou Mazoni.

A ferramenta é vista como mais segura porque trafega dentro dos próprios servidores do Serpro e utiliza uma tecnologia de software livre – ou seja, não tem de passar por um sistema americano e tampouco obedecer as suas leis. “Nos Estados Unidos há uma legislação que determina que as portas têm de estar abertas. No software livre isso não existe, nós conhecemos todos os códigos”, disse o presidente do Serpro.

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