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Governistas narram ameaça de levante dos fuzileiros navais antes da posse

Não teria havido, porém, unidade no Alto Comando. Boato também é visto como um processo de 'fritura' do ministro da Defesa, José Múcio

Por Marcela Mattos
Atualizado em 23 jan 2023, 09h19 - Publicado em 22 jan 2023, 10h38

Passada toda confusão envolvendo os atos de vandalismo na Esplanada dos Ministérios, um episódio que vem sendo narrado pelo círculo mais próximo do presidente Lula ilustra à perfeição o clima de desconfiança generalizado entre os militares e o governo.

A história se encaixa com fala recente do presidente que, em entrevista à TV Globo, disse ter acreditado que seria alvo de um golpe de estado durante ataques terroristas do 8 de janeiro, e também que a invasão das sedes dos três poderes representou uma tentativa de golpe por “gente preparada”.

Na última semana, VEJA ouviu o relato de uma importante liderança do governo de que o Brasil esteve, de fato, à beira de um golpe militar. Conforme o roteiro, o alerta teria sido repassado pelo ministro da Defesa, José Múcio, ao próprio Lula – que comentou sobre o plano com pelo menos seis pessoas. Outras autoridades, entre as quais o ministro da Casa Civil, Rui Costa, também teriam tomado conhecimento da intentona.

O levante, detalharam, seria iniciado pelos fuzileiros navais, grupamento então coordenado pelo rebelde comandante da Marinha, o almirante Garnier Santos. A bomba estaria estrategicamente armada para dez dias antes da posse presidencial, o que evitaria que Lula subisse a rampa do Palácio do Planalto. Com dia e horário marcados, o suposto golpe não foi concretizado porque não obteve unidade no Alto Comando do Exército.

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O governo teria optado por manter a trama sob total sigilo porque sequer sabe os efeitos de buscar uma reação neste momento e tampouco o tamanho do contingente militar que estaria ao lado de Lula. “Quantas divisões blindadas tem o papa?”, questionou um aliado de Lula.

No meio militar, o almirante Garnier, o suposto cabeça do plano golpista, é descrito como o mais “fanático” dos generais em decorrência de seu ferrenho apoio a Bolsonaro. Em um ato inédito, ele se recusou a participar de qualquer reunião com o ministro da Defesa durante o processo de transição de governo e sequer compareceu à posse do seu sucessor na Marinha, o almirante Marcos Sampaio Olsen – a ausência foi avisada dias antes, mostrando que não haveria nem espaço para diálogo enquanto ele fosse o comandante. Dias após, deixando claro que o problema tinha nome e apelido, Garnier compareceu a um almoço na casa de Olsen, do qual participavam outros almirantes de peso e o ministro da Defesa, e até levou a tiracolo um descontraído presente a Múcio – uma garrafa de vodka.

Ninguém, no entanto, confirma a história, que também pode ganhar ares de boato ou fogo amigo para manter viva dentro do PT a fritura do ministro da Defesa.

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