A capilaridade de contatos do operador João Claudio Genu, preso nesta segunda-feira na 29ª fase da Operação Lava Jato, indica que o ex-assessor do Partido Progressista não recolhia propina apenas de obras relacionadas à diretoria de Abastecimento da Petrobras, nicho dominado anos a fio pelo ex-diretor Paulo Roberto Costa. Investigadores identificaram que Genu tinha um “trânsito muito forte” também na BR Distribuidora, subsidiária da Petrobras e que, segundo o delator Nestor Cerveró, era controlada pelo senador Fernando Collor. “Genu pode ter um trânsito muito forte na BR Distribuidora, mas é uma parte das investigações que demanda avanços”, diz o procurador Diogo Castor de Mattos, que atua na Operação Lava Jato. Em julho de 2015, Genu e o ex-ministro do governo Collor Pedro Paulo Leoni foram alvos dos mandados de busca e apreensão na Operação Politeia, etapa da Lava Jato que investiga políticos com foro privilegiado. (Laryssa Borges, de Brasília)