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Geddel e Lúcio Vieira Lima se tornam réus por bunker com R$ 51 milhões

Segunda Turma do STF aceitou denúncia contra os irmãos, a mãe deles e outras duas pessoas pelos crimes de lavagem de dinheiro e associação criminosa

Por João Pedroso de Campos Materia seguir SEGUIR Materia seguir SEGUINDO Atualizado em 8 Maio 2018, 19h52 - Publicado em 8 Maio 2018, 18h37

A Segunda Turma do Supremo Tribunal Federal (STF) colocou no banco dos réus nesta terça-feira 8 o ex-ministro Geddel Vieira Lima (MDB-BA), o irmão dele, deputado Lúcio Vieira Lima (MBD-BA), a mãe de ambos, Marluce Vieira Lima, e outros dois acusados. A denúncia apresentada pela Procuradoria-Geral da República (PGR) e acolhida pelo colegiado trata dos crimes de lavagem de dinheiro e associação criminosa no caso dos 51 milhões de reais em dinheiro vivo encontrados pela Polícia Federal em um apartamento em Salvador, em setembro de 2017. O imóvel era usado pelos irmãos Vieira Lima.

Nos casos de Geddel, Lúcio, Marluce e do ex-assessor Job Ribeiro Brandão, os ministros Edson Fachin, Dias Toffoli, Ricardo Lewandowski, Gilmar Mendes e Celso de Mello votaram por unanimidade para torná-los réus. Houve divergência em relação às acusações contra o empresário Luiz Fernando Machado da Costa Filho, dono da construtora Cosbat, que, no entanto, por maioria de votos, também será levado a julgamento. A denúncia contra Gustavo Ferraz, ex-chefe da Defesa Civil de Salvador e ex-assessor de Geddel, foi rejeitada pelos ministros.

A fortuna em espécie, dividida entre 42 milhões de reais e 2,6 milhões de dólares, foi encontrada na Operação Tesouro Perdido, desdobramento da Operação Cui Bono?, que apura se Geddel Vieira Lima e outros emedebistas receberam propina em contratos e empréstimos da Caixa Econômica Federal enquanto ele foi vice-presidente de Pessoa Jurídica do banco estatal. A Polícia Federal encontrou digitais de Geddel, Brandão e Ferraz em cédulas na montanha de dinheiro. O ex-ministro foi preso no dia seguinte à operação e está detido no presídio da Papuda, em Brasília, desde então.

O apartamento onde os 51 milhões de reais foram descobertos fica no bairro da Graça, na capital baiana, e pertence ao empresário Silvio Silveira, amigo de Lúcio Vieira Lima. De acordo com Silveira, o imóvel havia sido emprestado aos irmãos Vieira Lima para que armazenassem bens de seu pai, Afrísio Vieira Lima, morto em janeiro de 2016.

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Os investigadores chegaram ao local depois de receberem uma ligação anônima no dia 14 de agosto de 2017, segundo a qual Geddel utilizou o imóvel para guardar caixas com documentos durante o primeiro semestre do ano.

A apreensão do dinheiro no bunker dos Vieira Lima na capital baiana foi a maior do gênero na história do país. Mesmo usando máquinas que contam dinheiro, a PF só chegou ao número final depois de cerca de 14 horas de trabalho. Conforme depoimento de Job Brandão, que negocia uma delação premiada com a PGR, os valores encontrados no apartamento costumavam ficar armazenados dentro de um closet na casa de Marluce Vieira Lima.

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