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Garotinho e Rosinha integram organização criminosa, diz juiz

Presos nesta quarta-feira, ex-governadores do RJ foram denunciados pelo Ministério Público Eleitoral por operações de caixa dois de R$ 3 milhões

Por Agência Brasil, Estadão Conteúdo Atualizado em 23 nov 2017, 19h40 - Publicado em 22 nov 2017, 18h01

Responsável pela prisão dos ex-governadores do Rio de Janeiro Anthony Garotinho e Rosinha Garotinho, nesta quarta-feira, o juiz eleitoral Glaucenir Silva de Oliveira, da 98ª Zona Eleitoral de Campos dos Goytacazes (RJ), entende que o casal e o ex-ministro dos Transportes e presidente nacional do Partido da República (PR), Antônio Carlos Rodrigues, fazem parte de uma organização criminosa. Oliveira decretou a prisão de Garotinho, Rosinha, Rodrigues e mais cinco pessoas por envolvimento em operações de caixa dois eleitoral no valor de 3 milhões de reais, algumas delas com o Grupo J&F, que controla a JBS.

Em sua decisão, o juiz diz entender que havia na suposta organização criminosa uma estrutura bem determinada, com divisão de tarefas, envolvendo empresários, políticos e secretários de governo do município de Campos durante o período em que Rosinha foi prefeita da cidade, entre 2009 e 2016. Além de presos, Anthony e Rosinha Garotinho foram denunciados pelo Ministério Público Eleitoral pelos crimes de associação a organização criminosa.

Parte das informações que levaram às prisões e à denúncia foi obtida por meio da delação premiada do empresário André Luiz da Silva Rodrigues, dono da empresa Ocean Link Solutions Ltda, que firmou contrato fictício com a JBS para viabilizar repasses de dinheiro à campanha de Garotinho ao governo fluminense, em 2014, não declarados à Justiça Eleitoral.

O juiz Glaucenir Silva de Oliveira cita Antônio Carlos Rodrigues, suplente de senador por São Paulo e ex-ministro dos Transportes no governo Dilma Rousseff, como beneficiário de propina no valor de 20 milhões de reais da JBS. O pagamento, também na campanha de 2014, teria garantido o apoio do PR à reeleição de Dilma e foi revelado na delação premiada do ex-diretor de relações institucionais do frigorífico, Ricardo Saud.

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Garotinho vai para Benfica

A Vara de Execuções Penais do Tribunal de Justiça do Rio (TJRJ) determinou nesta quarta-feira que Anthony Garotinho seja transferido para a Cadeia Pública José Frederico Marques, em Benfica, Zona Norte do Rio, onde estão presos do braço fluminense da Operação Lava Jato, incluindo o também ex-governador Sérgio Cabral (PMDB). A decisão foi tomada na tarde de hoje, depois que Garotinho foi levado a uma cela no quartel do Corpo de Bombeiros no bairro Humaitá, Zona Sul do Rio.

A Vara de Execuções Penais (VEP) enviou ofício ao secretário de Estado de Administração Penitenciária, coronel Erir Ribeiro da Costa, para que a determinação seja cumprida.

Após a prisão, a Defesa Civil alegou que o ex-governador havia sido levado para o Corpo de Bombeiros por uma determinação da Justiça. Já a Secretaria de Administração Penitenciária informou que a Polícia Federal era a responsável pela condução de Garotinho à prisão.

Rosinha Garotinho foi levada a um presídio feminino em Campos dos Goytacazes.

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