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Foi aquilo mesmo que já sabíamos, diz Ana de Hollanda

A ministra suspeitava da demissão desde a noite anterior, sem que tivesse sido comunicada de nada por Dilma. Sabia até quem seria sua substituta

Por Da Redação
Atualizado em 19 jul 2016, 13h23 - Publicado em 12 set 2012, 10h54

Instável no cargo desde a nomeação, em janeiro do ano passado, Ana de Hollanda deixou seu gabinete às 14h45 desta terça-feira para um encontro dali a quinze minutos com a presidente Dilma Rousseff já sabendo que seria demitida. Ela suspeitava da demissão desde a noite anterior, sem que tivesse sido comunicada de nada por Dilma ou por seus assessores. Sabia até quem seria sua substituta, a senadora Marta Suplicy, do PT.

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Com o celular desligado, Ana foi sozinha ao Palácio do Planalto, em silêncio, concentrada na leitura. Esperou a presidente Dilma por dez minutos, ouviu-a por mais vinte, despediu-se e tomou, pela última vez em missão, o Mégane Renault preto, de placa verde e amarela, carro oficial que a partir desta quinta-feira servirá à sua substituta. A placa será a mesma e não haverá nem necessidade de troca de gênero: “ministra da Cultura”.

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Na volta, no percurso de pouco mais de cinco minutos entre o Palácio do Planalto e seu ministério, e agora com o telefone ligado, Ana atendeu a algumas chamadas telefônicas. Muito abatida, tentava tranquilizar quem estava do outro lado da linha: “Está tudo bem, foi aquilo mesmo que já sabíamos desde ontem. Agora vou descansar”, disse Ana. Depois, subiu direto para o gabinete, onde se reuniu por mais de duas horas com sua equipe. Às 18h30, um funcionário desceu até a garagem com uma mala marrom de rodinhas de tamanho médio e a colocou no carro oficial.

Derrocada – Ao contrário da maioria de seus colegas, que caíram em meio a escândalos de corrupção, a ministra sai de cena por um acerto com o PT, para acomodar Marta Suplicy. Após muita resistência, Marta aceitou os apelos do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva para ingressar na campanha do petista Fernando Haddad à prefeitura de São Paulo. E o posto no ministério de Dilma entrou na negociação.

Ao longo de sua gestão, Ana de Hollanda envolveu-se em irregularidades e medidas controversas o suficiente para justificar seu afastamento. Antes mesmo de sua nomeação para o ministério, ela já enfrentava a oposição da classe artística e de uma ala do PT. Isso tudo, somado a sua inépcia na função, só fez a aumentar a pressão por sua demissão. No final de agosto, o vazamento de uma carta em que Ana cobra do próprio governo mais recursos para a Cultura acentuou o desconforto no Planalto.

(Com Agência Estado)

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