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Flávio Bolsonaro diz que preço para desistir de candidatura é ter o pai ‘livre, nas urnas’

Senador afirmou que não pretende retirar seu nome do páreo exceto se Jair Bolsonaro puder concorrer

Por Raquel Carneiro Materia seguir SEGUIR Materia seguir SEGUINDO Atualizado em 7 dez 2025, 21h49 - Publicado em 7 dez 2025, 21h38

O senador Flávio Bolsonaro (PL-RJ) afirmou em entrevista ao programa Domingo Espetacular, da Record neste domingo, 7, que o preço anunciado por ele para desistir de ser candidato a presidente em 2026 é ter o pai, o ex-presidente Jair Bolsonaro, “livre, nas urnas”. Flávio disse ainda que a escolha pelo nome dele foi feita de forma “consciente” e que “não tem volta”.

“Meu preço é justiça. E não é só justiça comigo, é justiça com quase 60 milhões de brasileiros que foram sequestrados, estão dentro de um cativeiro, nesse momento, junto com o presidente Jair Messias Bolsonaro. Então, óbvio que não tem volta. A minha pré-candidatura à Presidência da República é muito consciente”, disse ele. Quando questionado se apenas a anistia para o pai e outros condenados pelo 8 de Janeiro o faria deixar a pré-candidatura, ele reforçou que é necessário ver o pai no páreo das eleições. Condenado por tentativa de Golpe de Estado, Jair Bolsonaro cumpre pena de 27 anos.

Na manhã deste domingo, Flávio compareceu a seu primeiro compromisso público desde que anunciou sua entrada na corrida presidencial, em Brasília, após participar de um culto evangélico. O senador, então, afirmou que poderia não levar o projeto até o fim. “Olha, tem uma possibilidade de eu não ir até o fim. Eu tenho um preço para isso. Eu vou negociar”, declarou, cercado por apoiadores e assessores. Questionado se esse “preço” teria relação direta com a votação da anistia aos envolvidos nos atos de 8 de janeiro, Flávio reagiu com ironia: “Tá quente, tá quente”, respondeu, sem estender o assunto.

O filho escolhido

Entre expoentes do Centrão, o anúncio de Flávio na sexta-feira, 5, de que havia sido escolhido pelo pai era tratado como um bolão de ensaio, que no jargão político significa um teste para se aferir a aceitação ou a rejeição da ideia. Embora tenha afirmado na ocasião se tratar de uma “missão de dar continuidade ao nosso projeto de nação”, Flávio provocou descontamentos internos em aliados ligados à direita, que preferem nomes mais competitivos, como o do governador de São Paulo Tarcísio de Freitas. Pesquisa Datafolha divulgada neste domingo, 7, mostra que apenas 8% consideram que o primogênito da família Bolsonaro deveria ser o nome escolhido pelo pai para empunhar a bandeira do conservadorismo em 2026. No mesmo levantamento, os entrevistados apontavam a ex-primeira-dama Michelle Bolsonaro e o próprio Tarcísio como melhores opções para a corrida ao Palácio do Planalto.

Nesta segunda-feira 8, o Zero Um iniciará uma rodada de conversas com líderes do Centrão, incluindo Valdemar Costa Neto (PL), Ciro Nogueira (PP), Antonio Rueda (União), Marcos Pereira (Republicanos) e Rogério Marinho (PL). Na terça, pretende voltar a visitar o pai — preso e acompanhando a movimentação à distância — para discutir o andamento das articulações. “Agora é trazer as pessoas certas para o nosso lado. Nesse primeiro momento, vamos conversar, sem compromisso de absolutamente nada, para que todos possam trocar impressões e ouvir da minha boca o projeto que vamos colocar no papel”, afirmou.

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Mercado descontente

Flávio Bolsonaro declarou que a decisão de se lançar pré-candidato foi amadurecida ao longo de conversas com o pai e oficializada após uma reunião familiar na última semana. Segundo ele, o ex-presidente queria esperar o momento em que se sentisse “confortável” para liberar o anúncio.

A repercussão no mercado financeiro, que reagiu negativamente à divulgação da candidatura na sexta-feira — fazendo o Ibovespa virar para queda e recuar quase 2% — foi tratada pelo senador como algo previsível. Ele disse considerar o movimento “natural”, mas atribuiu a leitura a um julgamento apressado.

Para tentar amenizar o temor dos investidores, Flávio apresentou uma versão reformulada de si mesmo — e, por tabela, do próprio sobrenome Bolsonaro. “Só que eles fazem uma análise precipitada, no meu ponto de vista, porque a partir do momento que eu tenho a possibilidade, com essa exposição e a cobertura que vocês da imprensa vão me dar, de conhecer um Bolsonaro diferente, um Bolsonaro muito mais centrado, um Bolsonaro que conhece a política, que conhece Brasília, que vai querer fazer uma pacificação no país”, disse.

Entre negociações em curso, resistências internas e o recado cifrado sobre o “preço”, Flávio Bolsonaro abre a pré-campanha tentando convencer aliados, eleitores — e o mercado — de que seu nome merece permanecer no jogo. Resta saber se será suficiente para levá-lo até o fim da disputa ou apenas até o ponto em que a negociação

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