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Filho de vice de Agnelo é funcionário fantasma na Câmara

Bruno Filippelli, herdeiro de Tadeu Filippelli, deveria dar expediente no gabinete de deputado peemedebista. Mas passa o dia comandando a própria empresa

Por Gabriel Castro
2 jul 2012, 08h49

O filho do vice-governador do Distrito Federal é funcionário-fantasma em um gabinete na Câmara dos Deputados. Bruno Ervilha Filippelli, herdeiro do peemedebista Tadeu Filippelli, deveria trabalhar no escritório do deputado Pedro Chaves (PMDB-GO). Apesar de receber quase 10 000 reais dos cofres públicos por mês, Bruno não aparece na Câmara. Ele dá expediente em outro lugar: a empresa que controla com o irmão.

É na Aero Channel, companhia que comercializa paineis de publicidade, que o filho do vice-governador trabalha. Além do salário, Bruno obtém outro benefício com a sua nomeação no gabinete do deputado: o filho do vice-governador é servidor de carreira do Tribunal de Justiça do Distrito Federal. Como foi requisitado para trabalhar na Câmara, ele pode dar expediente diariamente na própria empresa sem ter de prestar contas e, ao mesmo tempo, mantém a possibilidade de reassumir o cargo no Tribunal de Justiça quando quiser.

Mais do que isso: aos mais de 6 000 reais que recebe do tribunal, ele acresceu uma gratificação 3 540 reais, paga pela Câmara. No fim das contas, passou a ganhar mais para trabalhar menos – ou nada.

O vice-governador do Distrito Federal, Tadeu Fillipelli, pai do funcionário fantasma da Câmara, Bruno
O vice-governador do Distrito Federal, Tadeu Fillipelli, pai do funcionário fantasma da Câmara, Bruno (VEJA)

Uma funcionária da Aero Channel confirmou ao site de VEJA que Bruno trabalha na empresa diariamente: “Ele costuma ficar aqui, mas ainda não voltou depois do casamento”, disse. O empresário se casou no dia 7 de junho, em uma festa milionária. A cerimônia foi realizada em um castelo na Itália, nas imediações de Roma. As fotos estão num site de coluna social de Brasília. Três dias antes, ele havia entrado oficialmente de férias de seu cargo na Câmara. Deveria ter retornado ao trabalho no dia 25. Mas não apareceu. No gabinete, uma servidora identificada como Geralda confirmou que Bruno é lotado no escritório de Pedro Chaves, mas não soube dizer o serviço prestado por ele. Também disse não saber o paradeiro de empresároi nem o número de telefone do herdeiro de Tadeu Filippelli.

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Os 19 dias de férias em junho, aliás, não foram os únicos em 2012: Bruno ficou oficialmente fora do trabalho pela Câmara entre os dias 5 de janeiro e 3 de fevereiro. Antes disso, mais repouso: de 6 a 20 de dezembro do ano passado. Tudo isso tendo assumido o cargo na Câmara em fevereiro de 2011. Saldo final: em sete meses, o filho do vice-governador tirou 64 dias de férias. E nem precisava.

Resposta – Bruno Filippelli não foi localizado para comentar o caso. A assessoria do deputado Pedro Chaves afirmou, sem detalhes, que o empresário não comparece ao gabinete porque “presta serviços externos junto aos órgãos federais”. Ainda assim, reconheceu que, depois das férias que deveriam ter se encerrado em 22 de junho, o filho do vice-governador não retornou ao “trabalho”.

Filippeli
Filippeli (VEJA)
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