Filha do presidente da Câmara dos Deputados, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), a publicitária Danielle Cunha recorreu nesta terça-feira ao Supremo Tribunal Federal (STF) com pedido para não ser julgada na primeira instância no processo a que responde por suspeitas de manter contas secretas no exterior e de ser beneficiária de dinheiro – recebido pelo pai – e fruto de propina do escândalo do petrolão. Réu na Operação Lava Jato, Cunha foi novamente denunciado pelo procurador-geral da República, Rodrigo Janot, por esconder dinheiro de propina em contas ocultas fora do Brasil. Uma das contas, a Kopek, tinha como titular a esposa do deputado, Claudia Cruz, e como beneficiária a filha dele, Danielle. A exemplo da madrasta, Danielle quer evitar que seu caso seja definido pelo juiz Sergio Moro, que conduz os processos do petrolão com mão de ferro. “A investigação, no que toca à ora peticionária, decorre de fatos atribuídos a terceiros – seu pai e sua madrasta – bem como da suposição de que Danielle teria conhecimento de tais fatos e que deles se teria beneficiado, ao ser indicada como beneficiária da conta Kopek e dependente de cartão de crédito vinculado à referida conta”, dizem os advogados ao pedirem que o inquérito não seja desmembrado. (Laryssa Borges, de Brasília)