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Feliciano aceita expulsão do Podemos e tenta faturar com apoio a Bolsonaro

Para o deputado, o presidente do partido em São Paulo, Mário Covas Neto, temia que ele se candidatasse à prefeitura e atrapalhasse seu sobrinho, Bruno Covas

Por Roberta Paduan Materia seguir SEGUIR Materia seguir SEGUINDO Atualizado em 10 dez 2019, 13h52 - Publicado em 10 dez 2019, 13h12

O deputado federal Marco Feliciano aceitou a expulsão decidida pela direção paulista do Podemos, apesar de a executiva nacional da legenda ter declarado que a esfera estadual não tinha competência para julgá-lo.

O deputado, que está em viagem ao continente africano, manifestou-se hoje cedo pelo Twitter, atribuindo a expulsão a seu apoio ao governo de Jair Bolsonaro. “Ser expulso de um partido por apoiar o presidente Bolsonaro é para mim motivo de orgulho”, escreveu Feliciano.

Segundo o deputado, o objetivo de Mário Covas Neto, vereador pelo Podemos em São Paulo e presidente estadual da legenda, foi afastá-lo da legenda por temer que ele se candidatasse à prefeitura da capital paulista. Feliciano afirmou, ainda, que Covas Neto colocou o Podemos “a reboque dos interesses de seu parente”, o tucano Bruno Covas, atual prefeito e provável candidato à reeleição em 2020. Covas Neto é tio de Bruno.

A expulsão de Feliciano pelo diretório paulista foi decidida na tarde desta segunda-feira, 9, por unanimidade (oito votos a zero). A manifestação da direção nacional pela nulidade do julgamento ocorreu logo em seguida, ainda na noite de ontem.

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O processo disciplinar contra Feliciano é baseado em uma série de acusações, entre elas, o reembolso pela Câmara de um tratamento dentário no valor de 157 mil reais. A despesa veio a público em uma reportagem do jornal O Estado de S.Paulo em agosto deste ano.

Contra o deputado pesam também acusações de assédio sexual em seu gabinete, recebimento de propina, pagamento de funcionários fantasmas e até comentários contra o cantor Caetano Veloso. A reunião do diretório paulista acabou na condenação do parlamentar por unanimidade (oito votos). O processo, porém, seguirá novo rito na esfera de comando nacional do partido.

Segundo Feliciano, ele foi vítima de um processo de exceção, pois não lhe fora dado o direito de se defender, escreveu o deputado em suas redes sociais. “Os motivos elencados pelo partido para me expulsar são todos mentirosos. Jamais cometi qualquer irregularidade na minha vida pública”, escreveu em nota oficial.

Em nota emitida esta manhã, a direção do partido afirmou que, diante da manifestação de Feliciano pelo aceite em relação à expulsão pelo diretório estadual de São Paulo, a nacional aguardará o decurso do prazo recursal cabível ao parlamentar para manifestação.

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