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Faz-tudo de Lula depõe na PF e abre mão de sigilo bancário

Segundo Valério, Freud Godoy teria recebido 98.500 reais para bancar despesas do chefe

Por Da Redação
10 Maio 2013, 09h35

Segurança e assessor pessoal do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, Freud Godoy prestou depoimento na tarde desta quarta-feira na sede da Polícia Federal em São Paulo. Após a oitiva, decidiu abrir mão de seu sigilo bancário – cuja quebra a PF havia solicitado à Justiça em abril. O depoimento faz parte do inquérito instaurado para desvendar o caminho percorrido pelos recursos distribuídos no esquema do mensalão e é também um desdobramento do depoimento prestado pelo empresário Marcos Valério Fernandes de Souza à Procuradoria-Geral da República em setembro do ano passado. Valério envolveu o ex-presidente Lula no esquema e afirmou que o mensalão bancou despesas pessoais do petista.

Ao longo das quatro horas de depoimento, Freud reiterou o que afirmou durante investigações anteriores sobre o escândalo, e exibiu cópias de suas declarações. Reafirmou que o cheque de 98.500 reais que sua empresa, Caso Sistemas de Segurança – contratada pelo PT para organizar comícios – , recebeu da SMP&B, agência de Marcos Valério, operador do mensalão, era referente a eventos da campanha de 2002. Negou que tenha pago despesas pessoais de Lula. Sua mulher e sócia, Simone, depôs por uma hora. Ela disse que, ao final da campanha, não presenciou pagamentos. Estava afastada da administração da empresa, em repouso absoluto, por causa da gravidez.

Caso – Em junho de 2010, o ex-assessor e segurança do ex-presidente Lula afirmou que o dinheiro recebido pela empresa de Valério se destinavam a serviços prestados em eventos promovidos pelo PT para comemorar a primeira vitória de Lula nas urnas. Depois do depoimento do operador de mensalão que acusou Lula de pagar suas despesas pessoais com dinheiro público, a Polícia Federal pediu o sigilo bancário de Godoy de 2003 em diante para investigar se ele teria pago as despesas do chefe.

Freud também recebeu, entre 2005 e 2006, no auge do escândalo do mensalão, 1,5 milhão de reais da Bancoop, cooperativa habitacional do Sindicato dos Bancários de São Paulo, como pagamento por serviços de segurança. Os pagamentos foram feitos em onze cheques entregues à Caso Sistemas de Segurança. A contratação foi feita quando o presidente da Bancoop era João Vaccari Neto, hoje tesoureiro do PT Nacional.Vaccari afirmou que precisava de segurança armada para proteger materiais valiosos nas obras. Um mês depois, Godoy contradisse o depoimento do petista e negou que seus funcionários trabalhassem armados.

Leia também:

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(Com Estadão Conteúdo)

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