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Família de Garotinho quer apuração de suposta agressão

Em nota, familiares citam regalias encontradas na cela de Cabral, como home theater e comidas, após denúncia de Garotinho

Por Da redação
25 nov 2017, 15h26

O ex-governador do Rio de Janeiro Anthony Garotinho (PR) estava sozinho e se autolesionou dentro de sua cela na Cadeia Pública José Frederico Marques, em Benfica. Ao menos é o que informou a Secretaria de Administração Penitenciária do Rio (Seap), que pediu a transferência do detento para Bangu 8, onde terá câmeras o monitorando a todo momento.

A transferência é uma punição por Garotinho não ter provado as agressões que disse ter sofrido de madrugada, por um homem branco de calça jeans que lhe teria golpeado o joelho e o pé com um taco de beisebol, por “falar demais”. As câmeras de segurança do local não registraram nenhum fato relacionado à denúncia, informou a Seap.

A família de Garotinho publicou uma nota neste sábado (25) em que rebate as conclusões da secretaria e espezinha o esquema de segurança da unidade, dando o exemplo das regalias a outro ilustre detento, o ex-governador Sérgio Cabral (PMDB), inimigo político de Garotinho.

“Cadê as imagens de entrada no presídio de home theater? Ninguém viu? Cadê as imagens da entrada de alimentos como camarão e produtos importados entregues por fornecedores? Ou pior: onde estão as imagens do uso frequente de celular por políticos do grupo do Cabral que estão presos ali?”, provoca a nota.

Foi a denúncia de agressão de Garotinho que motivou a vistoria do Ministério Público Estadual na qual foram descobertos itens proibidos em algumas celas, como camarões, bolinhos de bacalhau, queijos, iogurtes e refrigerantes, em tonéis com gelo. Em pelo menos um deles estava escrito o nome de Cabral.

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O juiz Ralph Machado Manhães Júnior, da 98ª Zona Eleitoral, de Campos dos Goytacazes, onde Garotinho responde a processo, afirmou ter sido informado de que o ex-governador estaria causando transtornos na cadeia e teria se autolesionado. O magistrado acatou o pedido da Seap e autorizou a transferência de Garotinho para um presídio de segurança máxima, sem data ainda para ocorrer.

“É necessário que haja apuração séria e isenta das filmagens envolvendo a agressão a Garotinho. Afinal, é possível afirmar categoricamente que nada aconteceu no intervalo de duas horas em que não houve filmagens até Garotinho ser visto chamando os guardas”, questiona a família do político detento.

A deputada federal Clarissa Garotinho (PR) afirmou, um dia antes do relato de seu pai, que a sua permanência em Benfica seria uma “ameaça” ao ex-governador. Além de Cabral, estão na penitenciária o presidente da Alerj, Jorge Picciani, e os deputados Alberto Albertassi e Paulo Melo, todos do PMDB.

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