Família de brasileiro condenado à morte na Indonésia faz mais uma tentativa para salvá-lo
Execução de Rodrigo Gularte está marcada para dia 21. Indonésia já negou o segundo pedido de clemência do governo brasileiro
A família do brasileiro Rodrigo Gularte, condenado à morte na Indonésia por tráfico internacional de drogas ao ser preso no país com seis quilos de cocaína em 2004, entrará nesta quarta-feira, em caráter de urgência, com um pedido de suspensão da execução. Eles receberam hoje um laudo oficial de médicos credenciados pelo governo concluindo que Gularte sofre de “esquizofrenia e transtorno bipolar com características psicóticas”. O exame foi realizado nesta terça-feira na clínica do Presídio Pasir Putih, na ilha de Nusakambangan, pelo professor Haji Sowadi e uma equipe de cinco médicos.
O objetivo da família é interná-lo antes do dia 21, data prevista para o fuzilamento de Gularte e mais dez condenados à morte. O laudo médico recomenda que o brasileiro “receba imediatamente um intenso tratamento psiquiátrico com medicações num hospital”.
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A Indonésia não tem legislação específica para condenados que se tornaram doentes psiquiátricos após cometerem o crime, mas a defesa do brasileiro aposta que, com a medida, seja possível ao menos adiar o fuzilamento. Em entrevista a VEJA, o porta-voz da Justiça, Tony Spontana, afirmou ter sugerido essa estratégia ao advogado de Gularte, já que via chances de ele não ser executado caso fosse comprovada a doença.
Um dia antes do exame, Gularte encontrou a mãe, que se juntou aos familiares que estão no país para encontrar uma solução diplomática junto à Embaixada do Brasil para evitar que ele seja fuzilado.
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