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Fala de Agripino surpreende até campanha de Marina Silva

Walter Feldman, coordenador geral da campanha da candidata do PSB, afirma que recebe notícia com "muita atenção e humildade". E lembra: faltam 30 dias

Por Talita Fernandes
2 set 2014, 08h22

Não apenas os tucanos foram atropelados pela declaração do senador José Agripino Maia (DEM), coordenador da campanha de Aécio Neves (PSDB), sinalizando uma aliança com Marina Silva (PSB) no segundo turno para derrotar a presidente-candidata Dilma Rousseff (PT). O coordenador geral da campanha da presidenciável do PSB, Walter Feldman, reagiu com surpresa à notícia. “Eu acho que é uma manifestação forte neste momento em que o Aécio se esforça para tentar recuperar o terreno perdido. Agora, é uma manifestação do coordenador, mas do DEM”, afirmou, na noite de segunda-feira.

“Vemos isso com atenção e muita humildade, porque temos muito pela frente. Temos mais de trinta dias pela frente – é um processo de muito desgaste, e muito embate. Mais do que debate: há um jogo muitas vezes subterrâneo de críticas que não elevam o nível de campanha. Mas não dá para negar que o Agripino revelou uma dificuldade que o Aécio está enfrentado. Porque ninguém fala em segundo turno antes de acabar o primeiro. Sempre há uma expectativa de recuperação”, disse. Questionado se a sinalização não indicaria que o PSDB está desistindo da disputa por causa das pesquisas de intenção de voto, Feldman afirmou: “Fui do PSDB por 25 anos e nunca vi isso acontecer. Nem sei se isso é uma boa medida porque o calor da campanha é você apresentar propostas. O PSDB tem suas propostas de forma histórica e consistente, não me parece uma prática que deve ser utilizada. Eu diria que este foi um movimento precoce e inesperado. Eu ouvi a manifestação com surpresa”.

A fala de Agripino causou mal-estar na já combalida campanha tucana e irritou alguns dirigentes do partido. Internamente, a fala do senador, que é presidente do DEM, foi interpretada como um recado para lideranças do seu partido que quiserem “jogar a toalha” nos estados e buscar outros arranjos regionais. “Nós temos uma proposta para o Brasil. Por ser a melhor para o Brasil, estou plenamente confiante de que será a vitoriosa. Buscaremos o apoio da sociedade brasileira também num segundo turno. Não tenho dúvidas de que no momento de reflexão maior, da decisão do voto, vai prevalecer a nossa dentre aquelas alternativas que se colocam como mudança”, afirmou Aécio sobre a fala do democrata.

Em entrevista à Agência Estado, Agripino afirmou: “O sentimento que nos move -PSDB, DEM e Solidariedade – é garantir a ida de Aécio para o segundo turno. Se não for possível, avalizar a transição para o segundo turno. Ou seja, com uma aliança com Marina Silva, por exemplo. É tudo contra um mal maior, que é o PT”.

Por volta das 17 horas de segunda, o senador divulgou nota oficial numa tentativa de amenizar o estrago. Diz o texto: “Todo o esforço que os partidos que apoiam a candidatura de Aécio realizam neste momento se volta para levá-lo ao segundo turno e temos a convicção de que nele estaremos. Alianças para o segundo turno serão discutidas quando o segundo turno vier, oportunidade em que esperamos contar com o apoio daqueles que, como nós, desejam mudanças. Depositamos absoluta confiança na habilidade do nosso candidato em conduzir o processo pela experiência política e pelos quadros administrativos que o cercam e que farão o país entender ser ele a melhor opção para a Presidência da República”.

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