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FAB ainda não conseguiu ouvir o militar preso com drogas na Espanha

As autoridades aguardam o aval da Justiça espanhola para interrogar o sargento Silva Rodrigues, detido com 39 quilos de cocaína em um avião presidencial

Por Da Redação 12 ago 2019, 11h03

Mais de dois meses após o início das investigações, autoridades brasileiras ainda não conseguiram ouvir o sargento Manoel Silva Rodrigues, preso em maio deste ano com 39 quilos de cocaína transportados em um avião reserva que fazia parte de uma comitiva do presidente Jair Bolsonaro. A Força Aérea Brasileira (FAB) e a Polícia Federal (PF) aguardam o aval da Justiça espanhola para ouvir o militar.

Conforme revelou o blog Radar, o sargento não estava ligado diretamente à equipe presidencial. Rodrigues, que é comissário de bordo, fazia parte de uma equipe de 21 militares que prestava apoio à comitiva que acompanhou o presidente Jair Bolsonaro em sua viagem para a reunião do G-20, no Japão. O avião da FAB em que estava o militar parou na Espanha para uma escala.

A pedido de Bolsonaro, assessores do Planalto identificaram a falha na segurança que permitiu o embarque da droga: o militar não passou pelo aparelho de raio-X, de uso obrigatório da Base Aérea da FAB, segundo o Radar. Mesmo não fazendo parte do mesmo voo que transportou o presidente, o episódio envolvendo um voo oficial da Presidência causou desgaste internacional para Bolsonaro.

O pedido para que os oficiais que investigam o caso no Brasil possam interrogar o sargento foi enviado à Espanha pela FAB logo após a prisão, com a abertura de Inquérito Policial Militar (IPM). Sem conseguir ouvir Rodrigues, porém, a conclusão do inquérito precisou ser adiada por mais 20 dias, no início do mês. A expectativa é de que um novo pedido de prorrogação seja feito no dia 23 de agosto, quando o prazo se esgota.

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Enquanto isso, a equipe da FAB que apura o caso está ouvindo outras pessoas que já viajaram com o sargento. Está sendo avaliado até mesmo se ele transferiu patrimônio a parentes e amigos.

Desde 2015, Rodrigues fez pelo menos 29 viagens oficiais. Em uma delas, revelada pelo Radar, o militar estava no grupo que acompanhou Bolsonaro de Brasília a São Paulo, em fevereiro deste ano.

Procurada, a PF também informou que aguarda sinalização das autoridades da Espanha para marcar o interrogatório. O objetivo da investigação da PF é apurar eventuais ligações do militar com narcotraficantes e as circunstâncias que propiciaram a obtenção da droga. A defesa do sargento afirma que existe uma “armação” contra Rodrigues.

(Com Estadão Conteúdo)

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