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Executiva do PT deixa impeachment de Dilma em segundo plano

Nesta quinta, partido deve tratar apenas das eleições municipais, num momento de tensão entre o PT e a presidente afastada

Por Da redação
Atualizado em 4 ago 2016, 09h11 - Publicado em 4 ago 2016, 09h11

A Comissão Executiva Nacional do PT se reúne nesta quinta-feira, em São Paulo, para definir a atuação do partido nas eleições municipais de outubro. Segundo dirigentes, o impeachment da presidente afastada Dilma Rousseff deve ficar em segundo plano na reunião. “A pauta da Executiva vai ser mais a conjuntura eleitoral”, disse Jorge Coelho, um dos vice-presidentes do PT.

Nesta quinta, a cúpula petista terá de avaliar a composição das chapas e a posição do partido em 89 cidades onde haverá segundo turno. Além disso, os dirigentes petistas vão julgar uma série de recursos de candidatos cujas alianças foram barradas por instâncias superiores do partido. Por isso, segundo eles, as discussões sobre a manutenção do mandato de Dilma vão ficar para outro momento.

A Executiva petista deve aprovar uma breve convocatória para o ato “Fora Temer” marcado para a sexta-feira, na praia de Copacabana, no Rio de Janeiro, com o objetivo de dividir as atenções com a abertura dos Jogos Olímpicos. O partido deve convocar o Diretório Nacional para retomar o tema do impeachment só na próxima semana.

“A reunião da Executiva é para discutir eleição. Acho que não vai dar nem tempo de falar sobre o golpe. Os ares de Brasília não têm passado por aqui”, afirmou Francisco Rocha, o Rochinha, coordenador da corrente Construindo um Novo Brasil (CNB), a maior do PT.

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A reunião da Executiva ocorre em um momento de tensão entre o partido e a presidente afastada. Na terça, Dilma defendeu uma “transformação” do PT em função das denúncias de corrupção reveladas pela Operação Lava Jato e do próprio afastamento da Presidência, que desalojou a legenda do governo federal depois de mais de 13 anos de gestões petistas no Palácio do Planalto.

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Ela já havia dito, na semana anterior, que, se houve caixa dois em suas campanhas, a responsabilidade seria do partido. As declarações irritaram alguns setores do PT. “Concordo quando Dilma diz que é preciso uma transformação do PT. Mas não adianta só falar. Ela deveria ter ajudado muito mais com ações concretas. E não ajudou”, afirmou Rochinha.

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De acordo com dirigentes petistas, o partido, de forma institucional, vai continuar engajado na defesa do mandato de Dilma. O presidente da legenda, Rui Falcão, senadores e deputados petistas e integrantes de movimentos sociais ligados ao partido têm dialogado com frequência com a presidente afastada para traçar estratégias que ajudem no convencimento de senadores indecisos.

No dia 10 de agosto, Dilma deve apresentar uma carta à população na qual vai se comprometer, caso volte ao poder, com a adoção de uma política econômica diversa daquela adotada no segundo mandato, como aceno aos movimentos sociais. A carta deve também fazer a defesa de um plebiscito para realização de uma ampla reforma política e a realização de novas eleições para presidente. O alvo são senadores indecisos ou descontentes com o início do governo interino de Michel Temer.

O apoio, no entanto, é meramente formal. Quase ninguém no PT, incluindo integrantes do círculo mais próximo de Dilma, acredita na reversão do processo de impeachment.

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(Com Estadão Conteúdo)

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