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Ex-senador Gim Argello fica em silêncio em depoimento à Lava Jato

Ele é apontado como responsável por negociar o pagamento de propina a partidos políticos para que empreiteiros não fossem convocados para CPIs

Por Da Redação 25 abr 2016, 16h00

O ex-senador Gim Argello (PTB-DF), preso na 28ª fase da Operação Lava Jato, permaneceu em silêncio durante depoimento à Polícia Federal nesta segunda-feira. O ex-parlamentar é apontado como responsável por negociar o pagamento de propina a partidos políticos para que empreiteiros não fossem convocados a prestar esclarecimentos em duas CPIs criadas para investigar irregularidades na Petrobras. Em acordo de delação premiada, o ex-diretor financeiro da UTC Walmir Santana, por exemplo, afirmou que “ficou acertado entre Ricardo Pessoa [dono da UTC] e Gim Argello que tal senador atuaria no sentido de que ele, Ricardo Pessoa, não fosse chamado a depor na CPMI”. “Em contrapartida, Ricardo Pessoa faria contribuições em favor das pessoas indicadas por Gim Argello”, completou o delator. Em julho de 2014, chegou-se a valor de 5 milhões de reais em propina apenas da UTC para o ex-senador distribuir a aliados.

Ainda conforme a versão apresentada pelo ex-dirigente da empreiteira, os repasses começaram a ser feitos a partir de 10 de junho de 2014 para partidos como o PR, o PMN, o PRTB e o DEM, uma das principais legendas de oposição ao governo federal. Ao todo, a empreiteira contabilizou 1,7 milhão de reais em dinheiro sujo enviado ao DEM, 1 milhão de reais ao PR, 1,150 milhão de reais ao PMN e 1,150 milhão de reais ao PRTB.

No caso da OAS, foram detectados repasses de 350.000 reais em propina para Gim Argello. Ele utilizou uma conta bancária de uma paróquia no Distrito Federal para receber o dinheiro sujo. As provas são mensagens no celular do presidente do Grupo OAS, Léo Pinheiro. Em maio de 2014, data da instalação da CPI da Petrobras no Senado, Pinheiro solicitou que fosse feito pagamento de 350.000 reais à conta da paróquia. Neste caso, a empreiteira anotou como centro de custo do repasse de dinheiro a uma obra da Refinaria Abreu e Lima, em Pernambuco.

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