Assine VEJA por R$2,00/semana
Continua após publicidade

Ex-mulher de Jair Bolsonaro tem votação pífia e perde eleição no DF

Advogada Ana Cristina Valle teve apenas 1.485 votos na disputa por uma vaga de deputada distrital

Por Laryssa Borges Materia seguir SEGUIR Materia seguir SEGUINDO 2 out 2022, 21h15

Meses depois da disputa municipal de 2020, a advogada Ana Cristina Siqueira Valle participou de um almoço de confraternização na casa de um conhecido lobista de Brasília, notório por estabelecer relacionamentos entre aspirantes a políticos e potenciais doadores de campanha. Era o início da discreta construção de sua candidatura a um cargo político na capital federal. Filiada ao Progressistas e depois de fracassar na única tentativa em que disputou a preferência do eleitor – em 2018 teve apenas 4.555 votos para deputada federal – Cristina lançou-se a uma das 24 vagas na Câmara Legislativa do Distrito Federal, incorporou o nome do ex na urna e traçou uma meta: ter, no mínimo, 15.000 votos. Repetiu, no entanto, a votação pífia de quatro anos atrás e teve só 1.485 votos.

A segunda esposa do presidente Jair Bolsonaro ganhou notoriedade no noticiário político após entrar na lista de alvos do Ministério Público do Rio de Janeiro na investigação que envolve o esquema de rachadinhas. Ela está na lista de suspeitos de recolher ilegalmente parte dos salários dos funcionários do vereador Carlos Bolsonaro na Câmara municipal, prática tipificada como peculato. Parentes dela e do ex-faz-tudo da família presidencial Fabrício Queiroz são alvo de outra apuração, relacionada à prática de rachadinha entre os servidores do gabinete do hoje senador Flávio Bolsonaro na Assembleia Legislativa do Rio (Alerj).

Durante a campanha a deputada distrital, Cristina voltou a estar na mira da Justiça após ter listado em sua declaração de bens uma mansão em que mora em Brasília e que, até antes da eleição, ela dizia que alugava. O imóvel, registrado na Justiça Eleitoral pelo valor de 829.000 reais, tem dois andares, piscina e área de lazer. Localizada em um bairro nobre de Brasília, a casa vale pelo menos 3 milhões de reais, o que levou a Polícia Federal a pedir à Justiça a abertura de uma investigação para apurar se houve lavagem de dinheiro na transação. Conforme revelou VEJA em 2018, durante um processo de divórcio litigioso, a ex do presidente acusou o então marido de ter uma “próspera condição financeira”, com rendimentos de 100.000 reais em valores da época, o que equivalia a três vezes mais do que ele ganhava como deputado e como militar da reserva.

Na corrida por uma cadeira na Câmara de Brasília, a segunda ex do presidente esteve entre os candidatos a distrital mais fartamente financiados pelo Progressistas e recebeu 300.000 reais do partido. Detentora de tantos segredos da família presidencial, na ausência de votos, pelo menos de falta de dinheiro Cristina Bolsonaro não pode reclamar.

Publicidade

Matéria exclusiva para assinantes. Faça seu login

Este usuário não possui direito de acesso neste conteúdo. Para mudar de conta, faça seu login

Domine o fato. Confie na fonte.

10 grandes marcas em uma única assinatura digital

MELHOR
OFERTA

Digital Completo
Digital Completo

Acesso ilimitado ao site, edições digitais e acervo de todos os títulos Abril nos apps*

a partir de R$ 2,00/semana*

ou
Impressa + Digital
Impressa + Digital

Receba Veja impressa e tenha acesso ilimitado ao site, edições digitais e acervo de todos os títulos Abril nos apps*

a partir de R$ 39,90/mês

*Acesso ilimitado ao site e edições digitais de todos os títulos Abril, ao acervo completo de Veja e Quatro Rodas e todas as edições dos últimos 7 anos de Claudia, Superinteressante, VC S/A, Você RH e Veja Saúde, incluindo edições especiais e históricas no app.
*Pagamento único anual de R$96, equivalente a R$2 por semana.

PARABÉNS! Você já pode ler essa matéria grátis.
Fechar

Não vá embora sem ler essa matéria!
Assista um anúncio e leia grátis
CLIQUE AQUI.