Alexandrino Alencar, apontado nas investigações da Operação Lava Jato como responsável por negociar propina em nome da empreiteira Odebrecht, apresentou nesta segunda-feira ao Tribunal Regional Federal da 4ª Região, em Porto Alegre, pedido de liberdade. Ele foi detido no último dia 19 de junho na 14ª fase da operação e decidiu na última semana deixar os quadros da Odebrecht para se dedicar exclusivamente à defesa. Alencar foi encarregado de acompanhar o ex-presidente Lula em viagens internacionais para fazer lobby pela empreiteira. Entre os indícios citados pelo Ministério Público para pedir a prisão do executivo estão depoimentos do ex-diretor de Abastecimento da Petrobras Paulo Roberto Costa, segundo quem Alexandrino negociou com o doleiro Alberto Youssef e com o ex-deputado federal José Janene (PP-PR) o pagamento de até 5 milhões de dólares em propina, entre 2006 e 2012, em troca de benefícios para a Braskem. Braço petroquímico da Odebrecht, a empresa nega irregularidades. (Laryssa Borges, de Brasília)