Em meio à Operação Lava Jato, o Conselho de Administração da Petrobras aprovou a indicação de Mário Vinícius Spinelli para o cargo de ouvidor-geral. Ele foi controlador da prefeitura de São Paulo e do governo de Minas Gerais, além de ter feito carreira na Controladoria Geral da União. Na controladoria paulistana, Spinelli se notabilizou no primeiro ano da gestão Fernando Haddad (PT) pela investigação, em parceria com o Ministério Público, da máfia de auditores fiscais que cobrava propina em troca de descontos no Imposto Sobre Serviços (ISS). A apuração deslanchou com a checagem do patrimônio de servidores de carreira, incompatível com seus salários. Eleito governador de Minas em 2014, Fernando Pimentel (PT) convidou Spinelli para cuidar do mesmo setor no Estado e realizar uma devassa nas gestões anteriores, do PSDB. A Ouvidoria Geral da Petrobras, porém, não realiza investigações atualmente – apenas analisa denúncias e encaminha para setores responsáveis, além de cuidar dos pedidos de informação feitos à estatal. A Petrobras afirma que haverá uma reestruturação do setor e que uma outra empresa vai passar a receber as denúncias de corrupção. (Felipe Frazão, de Brasília)