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Ex-auxiliar de Flávio Bolsonaro recebia da Alerj no exterior, diz TV

Wellington Romano era um de nove assessores que fazia depósitos em dinheiro na conta de Fabrício José Carlos de Queiroz

Por Lucas Mello 13 dez 2018, 09h56

O Coaf encontrou movimentação financeira suspeita na conta do Wellington Sérvulo Romano da Silva, ex-assessor do deputado estadual e senador eleito Flávio Bolsonaro (PSL-RJ), mesmo em períodos em que estava fora do Brasil. A denúncia foi apresentada pelo Jornal Nacional, da Rede Globo, nesta quarta-feira, 12.

Wellington Romano era um de nove assessores que fazia depósitos em dinheiro na conta de Fabrício José Carlos de Queiroz, que apareceu em relatório do Coaf por uma movimentação suspeita em sua conta, de 1,2 milhão de reais em um ano.

De acordo com reportagem do JN, Wellington, que é tenente-coronel da Polícia Militar, foi nomeado em abril de 2015 para trabalhar como assessor de Flávio Bolsonaro na vice-liderança do PP, partido do político na época. No dia 24 de abril daquele ano, apenas nove dias depois de ter sido nomeado, viajou a Portugal, onde ficou por 44 dias. No período, recebeu 5.400 reais de salário e gratificação. Em 2105, foram quatro viagens a Portugal e 119 dias fora do Brasil.

No dia 1° de abril de 2016, foi dispensado do trabalho de vice-liderança, mas no dia 18 de maio foi nomeado para trabalhar no gabinete do então deputado estadual Flávio Bolsonaro. Dois dias depois viajou a Portugal, onde ficou por mais 15 dias. Em 15 de julho, fez nova viagem e ficou 45 dias fora do país. Em 1° de setembro de 2016 foi dispensado do cargo.

De acordo com a Assembléia Estadual do Rio de Janeiro (Alerj), durante todo o período em que esteve trabalhando, Wellington Romano nunca tirou licença. Em um ano e quatro meses de trabalho, foram 248 duas fora do país, mais da metade do período.

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Em rede social, a mulher de Wellington diz que a cidade em que mora atualmente é Aveiro, em Portugal. No prédio em que tem endereço no Rio de Janeiro, o porteiro informou à reportagem do JN que ele vive em Portugal há dois anos,  com toda a família.

Flávio Bolsonaro declarou que,enquanto trabalhava em seu gabinete, Wellington Romano não morava em Portugal, mas que, pelo fato de sua família ter cidadania portuguesa, se mudou para lá após esse período. O senador eleito disse que Wellington o visitava esporadicamente e trabalhou normalmente em seu gabinete. Bolsonaro disse não ser investigado, mas que está à disposição das autoridades.

O presidente eleito Jair Bolsonaro (PSL), pai de Flávio, se manifestou em redes sociais dizendo que ele e seu filho não são investigados, mas que, se for comprovada alguma irregularidade, vão pagar pelo erro.

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Outros 74 funcionários e ex-funcionários da Alerj também estão no relatório do Coaf

De acordo com a reportagem, outros 74 funcionários e ex-funcionários da Assembleia também aparecem em relatório do Coaf, em operações que chegam a 207 milhões de reais. São pessoas que trabalham para pelo menos 21 gabinetes de 14 partidas (Avante, DEM, MDB, PDT, PHS, PRB, PSB, PSC, PSD, PSDB, PSL, PSOL, PT e Solidariedade).

O Ministério Público Federal ressaltou que nem todos os nomes citados foram incluídos nas apurações realizadas e que nem todas as movimentações financeiras suspeitas são ilícitas. Esses casos foram repassados ao Ministério Público Estadual do Rio de Janeiro.

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