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Ex-assessor de Flávio Bolsonaro alega ‘crise de saúde’ e não vai depor

Audiência estava prevista para esta quarta-feira no MPRJ; seria a primeira vez que ele falaria sobre movimentação de R$ 1,2 milhão em sua conta bancária

Por Fernando Molica e Giovanna Romano
Atualizado em 9 jan 2019, 20h05 - Publicado em 19 dez 2018, 16h33

Suspeito de ter feito movimentações irregulares em sua conta corrente, Fabrício José Carlos Queiroz, ex-motorista de Flávio Bolsonaro (PSL-RJ), deputado estadual e senador eleito, não apareceu para depor na tarde desta quarta, 19, no Ministério Público do Rio de Janeiro (MP-RJ).

A Procuradoria-Geral de Justiça remarcou o depoimento de Queiroz para a próxima sexta, 21. Em nota, o MP-RJ informou que os advogados de Queiroz afirmaram que não tiveram tempo de analisar os autos da investigação e que seu cliente tivera uma “inesperada crise de saúde” e foi levado para ser atendido com urgência. Eles pediram o adiamento do depoimento e acesso aos autos.

Nesta terça-feira, 18, o deputado afirmou que Queiroz é que deveria dar explicações para as suspeitas levantadas pelo Coaf (Conselho de Controle das Atividades Financeiras). Os técnicos encontraram transferências num total de 24 mil reais do então assessor para Michelle Bolsonaro, mulher do presidente eleito, Jair Bolsonaro, além de uma “movimentação atípica” de 1,2 milhão de reais em sua conta.

Queiroz trabalhou durante onze anos para o deputado estadual e, oficialmente, era o seu assessor. Na prática, era o motorista do parlamentar, além de ser íntimo de toda a família, incluindo o presidente eleito. Entre o começo de 2016 e 2017, ele ganhava 23 mil reais de salário da Assembleia Legislativa do Estado do Rio de Janeiro (Alerj) e da Polícia Militar, mas, no mesmo período, movimentou 1,2 milhão de reais na sua conta.

Uma parte dos depósitos eram feitos pelo próprio motorista, por sua mulher, suas duas filhas e, também, por funcionários da Alerj. O dinheiro entrava na conta de Queiroz nos dias subsequentes ao pagamentos dos servidores da assembleia e ele sacava os valores na boca do caixa, em dinheiro vivo, após os depósitos.

O Coaf classificou as operações financeiras como “suspeitas”. O relatório informa que oito assessores do deputado Flavio Bolsonaro depositavam regularmente dinheiro na conta do motorista logo depois do pagamento. No período, a família de Queiroz transferiu 221 000 reais. A operação, por si só, ainda não é uma evidência concreta de irregularidade, mas levanta suspeitas.

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