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Esvaziado e com poucos aliados, MDB tenta voltar ao poder na Paraíba

Parlamentares deixaram a sigla devido à candidatura do ex-governador José Maranhão, que lidera pesquisas de intenção de voto no estado

Por Estêvão Bertoni 18 ago 2018, 12h26

Há vinte anos sem eleger um governador na Paraíba, o MDB tenta recuperar o comando no estado em meio a um esvaziamento regional do partido, dificuldades em fechar alianças e tendo como candidato um velho conhecido do eleitor local: o ex-governador José Maranhão.

A candidatura de Maranhão forçou uma revoada emedebista no estado ainda em abril. O então líder do partido no Senado, Raimundo Lira, trocou a sigla pelo PSD. Ele defendia o apoio do MDB ao candidato do PV. Já o vice-prefeito de João Pessoa, Manoel Júnior, migrou para o PSC.

A legenda também perdeu os deputados federais Veneziano Vital (filiou-se ao PSB), André Amaral (que já tinha, um mês antes, ido para o Pros) e Hugo Motta (agora no PRB). Com as trocas, o partido teria ficado sem deputados federais paraibanos não fosse a migração de Benjamin Maranhão do Solidariedade para o MDB. Ele é sobrinho de José Maranhão.

Nestas eleições, o MDB só conseguiu fechar alianças com o Patriota e o PR. Enquanto isso, seus adversários formaram blocões, com quatorze partidos apoiando João Azevêdo (PSB) e outros doze aliando-se a Lucélio Cartaxo (PV).

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Apesar disso, Maranhão aparece em primeiro nas pesquisas de opinião. Segundo levantamento da Consult, divulgado em 14 de agosto, ele tem 22,5%, tecnicamente empatado com João Azevêdo, com 21,35%. Lucélio Cartaxo (PV) aparece na cola dos dois, com 16,2%. A margem de erro é de dois pontos percentuais.

José Maranhão foi governador pela primeira vez em 1995, após a morte do governador Antônio Mariz, de quem era vice. Mariz sofria de um câncer. Maranhão se reelegeu em 1998. Em 2009, voltou ao poder depois que o governador eleito Cássio Cunha Lima (PSDB) foi cassado, sob acusação de abuso de poder econômico e político. O emedebista tinha sido o segundo colocado nas eleições e assumiu o cargo.

Seu adversário do PSB nestas eleições, João Azevêdo, tenta manter o partido no governo após oito anos de gestão de Ricardo Coutinho, que termina sua administração sob a polêmica de ter sancionado uma lei criando uma guarda pessoal com três homens para os ex-governadores do estado. A medida foi revogada pela Assembleia Legislativa.

O governador também teve de responder a um processo movido pela ex-mulher, Pâmela Bório, com base na Lei Maria da Penha. Ele nega as acusações e processou a mulher por injúria e calúnia. Pâmela concorre a uma vaga de deputada federal.

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Pesquisa Consult, de 14 de agosto

José Maranhão (MDB) – 22,5%
João Azevêdo (PSB) – 21,35%;
Lucélio Cartaxo (PV) – 16,2%;
Tárcio Teixeira (PSOL) – 1,75%;
Rama Dantas (PSTU) –  0,10%

Nenhum – 25,65%

Não sabe dizer – 12,45%

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Registro: PB-03853/2018. O levantamento ouviu 2.000 pessoas, entre 8 e 12 de agosto. O nível de confiança é de 95%, e a margem de erro, de 2 pontos percentuais.

Conheça os candidatos ao governo da Paraíba:

João Azevêdo (PSB), engenheiro

Vice: Lígia Feliciano (PDT)

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Coligação: PSB, PDT, PT, DEM, PTB, PRP, Podemos, PRB, PCdoB, Avante, PPS, Rede, PMN, Pros

José Maranhão (MDB), senador

Vice: Bruno Roberto (PR)

Coligação: MDB, Patriota, PR

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Lucélio Cartaxo (PV), farmacêutico

Vice: Micheline Rodrigues (PSDB)

Coligação: PV, PSDB, PP, PSD, PSC, Solidariedade, DC, PRTB, PHS, PTC, PSL, PPL

Rama Dantas (PSTU), professora

Vice: Emanuel Candeia (PSTU)

Tárcio Teixeira (PSOL), assistente social

Vice: Adjany Simplício (PSOL)

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