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‘Estou ótimo, embora toda hora alguém queira me matar’, diz Temer

Presidente, que passará por consultas em SP, também reclamou de quem o chama de ‘ladrão’ e disse que é ‘ótimo’ o fim das investigações da PF na Lava Jato

Por Da Redação Atualizado em 11 jan 2018, 18h58 - Publicado em 11 jan 2018, 15h06

Meio sério, meio de brincadeira, o presidente Michel Temer (PMDB) reclamou das versões pessimistas que, segundo ele, estariam sendo difundidas sobre sua saúde: “Passei por três cirurgias, tive infecção no fim do ano e nem pude passar quatro dias na praia, como gostaria, mas estou ótimo. Embora toda hora alguém queira me matar. Uns por vontade mesmo, outros por desinformação”, disse.

Temer veio para São Paulo nesta quinta-feira para se consultar com o urologista Miguel Srougi depois de ter passado por uma cirurgia para desobstrução do canal urinário, com colocação de sonda. Ele vai aproveitar para se consultar também com o cardiologista Roberto Kalil, já que em novembro se submeteu a uma intervenção cirúrgica para a colocação de stents.

A previsão é que o presidente fique em São Paulo até sexta-feira, 12, já que também deverá se encontrar com o advogado Antonio Claudio Mariz de Oliveira, uma espécie de consultor jurídico do presidente, que terá que responder a 50 perguntas por escrito feitas pela Polícia Federal no inquérito que investiga a participação de Temer em irregularidades envolvendo o Porto de Santos.

Passei por três cirurgias, tive infecção no fim do ano e nem pude passar quatro dias na praia, como gostaria, mas estou ótimo. Embora toda hora alguém queira me matar. Uns por vontade mesmo, outros por desinformação

Reclamações

O presidente não reclamou apenas daqueles que divulgam versões negativas sobre a sua saúde – também se manifestou sobre outras críticas e acusações (injustas, segundo ele) que têm recebido até de aliados. Um dos traumas de Temer é ter sido atacado até por velhos amigos durante as duas denúncias do ex-procurador-geral Rodrigo Janot, que poderiam ter lhe custado o mandato. “Eles me conhecem a vida toda, sabem que não tenho lanchas, jatos, fazendas, nada disso. E permitem que me chamem de ladrão? É muito duro conviver com isso.”

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Ele se defendeu da acusação de viver aos solavancos, de recuo em recuo, e se concentrou na notícia de que o governo mudaria a chamada “regra de ouro”, que impede emissão de dívida para arcar com despesas correntes. Diz que foi surpreendido pela notícia na imprensa, chamou os ministros econômicos para se informar e mandou suspender o debate: “Todo esforço do meu governo é recuperar a economia. Como vou chegar a Davos [fórum econômico mundial na Suíça no final de janeiro], tendo de explicar que querem flexibilizar justamente as regras de responsabilidade fiscal?”

Eles me conhecem a vida toda, sabem que não tenho lanchas, jatos, fazendas, nada disso. E permitem que me chamem de ladrão? É muito duro conviver com isso

Previdência e Lava Jato

Seu plano para o último ano de mandato é, além de aprovar a reforma da Previdência, “continuar com as medidas que tomamos para recuperar o País, não só no Congresso, mas também por decisões administrativas”. No fim, o sonho de amenizar o “presidencialismo de coalizão”, que deixa os presidentes reféns de partidos e de pressões populistas. A forma será um projeto de “semipresidencialismo”, mas “isso fica para adiante”.

Temer disse ainda que acha que a Operação Lava Jato praticamente esgotou o que tinha de fazer e elogiou a decisão do diretor da Polícia Federal, Fernando Segovia, nomeado por ele, de concluir até dezembro investigações sobre políticos com foro no Supremo: “Isso é ótimo. Tira o peso das pessoas”.

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