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Estaleiro diz ter pago propina em obra da Petrobras na gestão FHC

Segundo o jornal 'Folha de S.Paulo', a companhia Keppel Fels, de Singapura, subornou funcionários do governo para construir a plataforma P-48 para a estatal

Por Da Redação
Atualizado em 27 dez 2017, 09h58 - Publicado em 27 dez 2017, 09h40

O estaleiro de Singapura Keppel Fels, um dos maiores fornecedores da Petrobras, afirmou, em acordo assinado com autoridades de três países, ter pagado propina para assegurar o ganho de um contrato com o governo do ex-presidente Fernando Henrique Cardoso (PSDB) para a construção da plataforma P-48 da estatal, segundo informa o jornal Folha de S.Paulo nesta quarta-feira.

O suborno de 300.000 dólares – equivalente hoje a 994.000 reais – foi pago nos anos de 2001 e 2002 para “funcionários do governo”, de acordo com o documento que está no Departamento de Justiça do Estados Unidos. O valor da propina, entretanto, seria menor do que os relatados em contratos fechados nos governos do ex-presidentes Luiz Inácio Lula da Silva (PT) e Dilma Rouseff (PT).

Conforme o jornal, no primeiro contrato do estaleiro com a gestão petista, em 2003, o valor da propina chegou a 13,3 milhões de dólares – 44 milhões de reais -, valor equivalente a 1% do custo da plataforma P-53, que foi de 1,3 bilhão de dólares, construída naquela época. Já no caso do suborno pago durante o governo de FHC, ele correspondeu a 0,03%, já que a P-48 custou por volta de 800 milhões de dólares.

No acordo de leniência – uma espécie de delação feita por empresas – consta ainda que o Keppel Fels pagou um total de 55,1 milhões de dólares ao PT e executivos da Petrobras ligados ao partido entre 2003 e 2012, num total de cinco contratos. O montante equivale a 182,6 milhões de reais em valores atuais.O estaleiro fez esse tipo de acordo com Brasil, EUA e Singapura e pagou uma multa de 1,4 bilhão de reais.

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Segundo o jornal, havia um esquema fixo para fazer a propina chegar ao PT. A empresa tinha contratos falsos de consultoria com o engenheiro Zwi Skornicki. Ele recebia os recursos e os repassava para Pedro Barusco, ex-gerente da Petrobrás, Renato Duque, ex-diretor da estatal, e para o partido.

Duque e Barusco foram indicados para os cargos pelo partido. O dinheiro para o PT era repassado por meio do tesoureiro João Vaccari Neto, segundo Skornicki, que fez um acordo de delação.

Luis Flávio Borges D’Urso, advogado de Vaccari, afirmou que seu cliente jamais negociou ou recebeu suborno ou qualquer valor de origem ilícita. O ex-tesoureiro do PT está preso em Curitiba há dois anos e oito meses.

Questionados pelo jornal, o PSDB e o PT não quiseram se pronunciar sobre os relatos feitos pela Keppel Fels acerca de supostos pagamentos de suborno durante os governos FHC e Lula e para executivos.

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