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Equipe de Russomanno usa “laranja” como coordenador

Carlos Baltazar, que assina plano de governo do candidato, chama-se, na verdade, Carlos Alberto Joaquim e é funcionário concursado da prefeitura

Por Da Redação
Atualizado em 19 jul 2016, 13h52 - Publicado em 27 set 2012, 10h02

Apontado por integrantes da campanha como o coordenador do plano de governo de Celso Russomanno (PRB), candidato que lidera todas as pesquisas de intenção de votos em São Paulo, “Carlos Baltazar” chama-se, na verdade, Carlos Alberto Joaquim. Funcionário concursado de baixo escalão da prefeitura, ele cumpre função secundária no comitê, como agrupar sugestões de propostas enviadas por colaboradores de Russomanno. O candidato do PRB apresentou nesta semana um programa de governo que virou alvo de críticas por reproduzir uma série de propostas genéricas apresentadas em julho à Justiça Eleitoral. Os adversários afirmam também que suas propostas, como o aumento do efetivo da guarda municipal de 6.000 para 20.000 homens, não têm lastro orçamentário. O plano de governo impresso por Russomanno é assinado apenas pelo candidato e por seu vice, Luiz Flávio D’Urso (PTB). Os nomes dos “técnicos” que Russomanno diz terem ajudado a elaborar o programa de governo nunca foram divulgados oficialmente pela campanha do PRB, apenas o de “Carlos Baltazar”. Carlos Alberto Joaquim (ou “Carlos Baltazar”), que se apresenta como fotógrafo nas redes sociais, é assistente de gestão de políticas públicas na Secretaria Municipal de Desenvolvimento Econômico e do Trabalho. Ele foi levado para a campanha por Luiz Augusto de Souza Ferreira, o Guto, que é o seu chefe no banco de microcrédito da prefeitura e filiado ao PRB. A equipe de Russomanno divulgou o nome falso alegando que Joaquim poderia ser perseguido, já que o prefeito Gilberto Kassab (PSD) apoia a candidatura de José Serra (PSDB). O “Baltazar” utilizado pelo servidor municipal seria um sobrenome de seus familiares que não consta de seus documentos oficiais. Questionado pela reportagem, Russomanno afirmou que os colaboradores do seu programa usam “nome de guerra” para se protegerem de possível “perseguição”. O candidato negou que Joaquim seja um coordenador “laranja”. O secretário municipal de Desenvolvimento Econômico e do Trabalho, Marcos Cintra (PSD), chefe de Joaquim, afirmou desconhecer um funcionário com sobrenome de “Baltazar”. “Esse Joaquim tem. É funcionário da prefeitura e está lá na secretaria, sim. Se não me engano, entrou na prefeitura em 88, no começo da década de 90”, disse o secretário. “Sabemos que na secretaria e na prefeitura há pessoas de todas as filiações partidárias e que nos horários vagos trabalham como bem querem.” Tucanos e petistas – A campanha do candidato tucano à prefeitura, José Serra, pretende divulgar apenas em um eventual 2º turno um programa de governo detalhado. Segundo integrantes do comitê tucano, será o melhor momento para tentar se contrapor à candidatura de Celso Russomanno (PRB), que acreditam será o adversário em 28 de outubro. Serra apresentou à Justiça Eleitoral, atendendo à legislação, apenas planos genéricos. Sua equipe diz trabalhar na elaboração de um documento detalhado que vai compilar as metas e estimativas de custo que têm sido apresentadas pelo tucano em entrevistas e em seu programa eleitoral de rádio e TV. A equipe que elabora o programa de governo do PSDB é liderada pelo ex-presidente da Imprensa Oficial do Estado de São Paulo, Hubert Alquéres. O grupo conta com informações técnicas repassadas por secretários municipais da gestão de Gilberto Kassab (PSD), que é aliado de Serra. Eles dizem ter ouvido propostas de mais de 2.000 pessoas em vinte encontros temáticos realizados desde o início da campanha. Com esses dados, Serra tem apresentado em entrevistas e eventos de campanha propostas de continuidade e “novas marcas” de sua gestão. O tucano diz que pretende expandir o programa de urbanização de favelas do município, levando-o para 200 comunidades. O custo estimado anunciado pelo candidato é de 1 bilhão de reais em quatro anos. Já o candidato do PT à prefeitura, Fernando Haddad, lançou o programa de governo em 13 de agosto e hoje usa a falta de apresentação de um plano por parte de Celso Russomanno (PRB) como arma política para desconstruir o adversário. “Um candidato sem plataforma não vai longe”, diz Haddad. O ataque é voltado para Russomanno, mas Serra também está na linha de tiro. Entre as prioridades de Haddad estão o Arco do Futuro e o Bilhete Mensal. “A Justiça Eleitoral deveria obrigar os candidatos a apresentar plano de governo antes da campanha na TV porque, sem isso, ninguém tem compromisso com nada”, afirma Aldo Fornazieri, coordenador técnico do programa de Haddad. (Com Agência Estado)

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