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Empreiteiro condenado diz que Moro é ‘esperança do Brasil’

Dalton dos Santos Avancini, ex-presidente da construtora Camargo Corrêa afirma que juiz da Lava Jato é 'linha dura e quer dar exemplo'

Por Laryssa Borges Materia seguir SEGUIR Materia seguir SEGUINDO 31 ago 2015, 16h06

Condenado a quinze anos de prisão na Operação Lava Jato há pouco mais de um mês, o executivo Dalton Avancini, ex-presidente da construtora Camargo Corrêa, afirma que o juiz federal Sergio Moro, é, na verdade, a “esperança do Brasil” por conduzir com “linha dura” os processos do maior escândalo de corrupção do país. Com uma tornozeleira eletrônica estrategicamente escondida no termo bem cortado, Avancini conversou rapidamente com o site de VEJA pouco antes de depor como testemunha de acusação no inquérito em que é réu Marcelo Odebrecht, o maior empreiteiro do país. Ao juiz Sergio Moro, Dalton Avancini promete detalhar a participação da Odebrecht no Clube do Bilhão, cartel de empreiteiras que fraudava contratos com a Petrobras e distribuía propina a agentes públicos.

“Sergio Moro é linha dura. Eu acho que ele quer dar o exemplo. Ele é a esperança do Brasil, né?”, disse o executivo delator. Quatro anos antes, a Camargo Correa conseguiu anular no Superior Tribunal de Justiça (STJ) a operação Castelo de Areia, que investigou um esquema de fraudes, crimes financeiros e desvio de verbas públicas da empreiteira. Hoje a empresa já fechou três termos de um acordo de leniência e aceitou pagar 700 milhões de reais por causa do petrolão.

Condenado por corrupção, lavagem de dinheiro e organização criminosa, Dalton Avancini passa o dia recolhido em casa e com monitoramento da Justiça. Sem poder falar com os outros funcionários ligados à construtora e que também foram réus na Lava Jato, Avancini não arrisca se o executivo João Auler, único da cúpula da Camargo Correa que não fez delação premiada, deve ou não contar o que sabe às autoridades. Embora tenha recebido pena de quinze anos, Avancini não vai cumprir a sentença atrás das grades por ter colaborado com os investigadores. Auler foi condenado a nove anos de prisão e continua sem acordo de delação. No início do ano, o Ministério Público encerrou as negociações para a delação de João Auler por falta de acordo.

Pouco antes da uma hora da tarde, o ex-presidente da construtora Camargo Corrêa chegou ao restaurante popular da Justiça Federal do Paraná, próximo ao centro de Curitiba. Sentou-se em uma mesa do canto direito e pediu um chá gelado. Ele depõe ainda nesta tarde.

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