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Empreiteiras da Lava Jato procuram CGU para acordos de leniência

Se firmarem o acordo, empresas ficam obrigadas a fornecer todos os detalhes da trama criminosa que lesou os cofres da Petrobras

Por Laryssa Borges Materia seguir SEGUIR Materia seguir SEGUINDO 21 jan 2015, 14h23

Diante do risco real de serem declaradas inidôneas e acabarem impedidas de firmar contratos com a administração pública, as construtoras Camargo Correa, Engevix, Galvão Engenharia, OAS, Mendes Junior, Iesa, Queiroz Galvão e UTC-Constran, citadas na Operação Lava Jato, da Polícia Federal, já procuraram a Controladoria-geral da União (CGU) para começar a negociar possíveis acordos de leniência. Esses acordos funcionam como uma espécie de delação premiada para as empresas e as obrigam a fornecer todos os detalhes da trama criminosa que lesou os cofres da Petrobras.

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Ao firmar a leniência, as empresas se dispõem a repor todo o prejuízo causado, devolver parcelas de sobrepreço que receberam, repactuar o contrato para colocá-lo nos níveis legítimos de preço, além de revelar o nome de quem recebeu as propinas e o modus operandi do esquema. Em troca, podem ficar livres de serem declaradas inidôneas nos processos administrativos já abertos contra cada uma delas na CGU e, com isso, seguem autorizadas a disputar futuros contratos com o governo.

Embora também possam negociar acordos com o Ministério Público Federal ou com o Conselho Administrativo de Defesa da Concorrência (Cade), as tratativas com a Controladoria são consideradas cruciais para as companhias porque a inidoneidade se reflete no caixa das empresas, que passam a minguar com a possibilidade de proibição de firmar novos contratos. É o que ocorre com as construtoras Gautama e Delta, impedidas de contratar com a administração pública após terem participado de esquemas de corrupção em obras públicas.

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Os acordos de leniência com as empreiteiras citadas na Lava Jato, se confirmados, serão feitos individualmente – cada companhia colocará na mesa de negociações os dados que pretende compartilhar com o poder público.

Independentemente das negociações administrativas em tramitação na CGU, o processo judicial contra a cúpula das construtoras continua normalmente na Justiça Federal do Paraná. Com isso, é possível que judicialmente empreiteiros sejam condenados pelo juiz Sergio Moro e que as empresas continuem a celebrar contratos com o governo.

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De acordo com a Lei Anticorrupção, os acordos de leniência também devem exigir a adoção, pelas empresas, de políticas de governança e prevenção a fraudes. Caso as empreiteiras não concordem em revelar todos os detalhes do esquema do petrolão ao governo, a mesma lei prevê como punição, ao final do processo, além da declaração de inidoneidade, a aplicação de multas sobre o faturamento das empresas e até o fechamento da companhia.

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