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Embaixadora do Brasil na ONU e Jean Wyllys batem boca em Genebra

Maria Nazareth interrompeu o evento para ler um discurso defendendo o governo de Jair Bolsonaro e criticando o ex-deputado

Por Estadão Conteúdo Atualizado em 15 mar 2019, 17h04 - Publicado em 15 mar 2019, 16h27

A embaixadora do Brasil na Organização das Nações Unidas (ONU), Maria Nazareth Farani Azevedo, e o ex-deputado federal Jean Wyllys (PSOL-RJ) protagonizaram um bate-boca durante um debate promovido pela ONU em Genebra, na Suíça. Maria Nazareth interrompeu o evento para ler um discurso defendendo o governo Jair Bolsonaro. O jornalista Jamil Chade, do portal UOL, filmou parte da discussão e publicou uma nota sobre o caso em seu blog.

“O presidente Bolsonaro não fugiu do Brasil após a tentativa real — e muito televisionada — de tirar sua vida”, disse a embaixadora. O discurso foi publicado na conta oficial da delegação brasileira em Genebra no Twitter, e republicado pelo Itamaraty na mesma rede social. “O governo Bolsonaro não é uma organização criminosa. Nem o presidente Bolsonaro é fascista ou autoritário. Ele não cuspiu na cara da democracia.”

Sem mencionar Wyllys, o texto faz referência à votação do impeachment de Dilma Rousseff, quando o então deputado do PSOL cuspiu em direção a Bolsonaro no plenário da Câmara dos Deputados. Também há uma inferência à sua saída do país em janeiro deste ano, quando Wyllys alegou que sofria constantes ameaças de morte e abriu mão de assumir o que seria seu terceiro mandato na Câmara.

O discurso da embaixadora também diz que o governo Bolsonaro está comprometido com a proteção de grupos vulneráveis, inclusive a comunidade LGBT. “Eles (LGBT) estão sendo incluídos e não estão sendo discriminados por qualquer instituição oficial de forma alguma”, afirma o texto.

Depois da leitura pela embaixadora, os mediadores do evento deram a palavra ao ex-deputado para que ele respondesse ao discurso, e convidaram Maria Nazareth a ficar na reunião. Ela disse que só ficaria se tivesse direito à tréplica, o que o mediador se recusou a fazer.

“Se a senhora gosta de debate, a senhora deveria ouvir a minha resposta. O fato de a senhora ter saído, inclusive, do seu lugar e ter vindo com um discurso pronto para esta sala é um sintoma, mesmo, de que a minha presença aqui amedronta a senhora e o seu governo”, disse o ex-deputado, enquanto ela se levantava para ir embora. “Não amedronta. Envergonha”, respondeu a embaixadora, antes de sair da sala.

Ataques

Esta não é a primeira vez que Wyllys se torna alvo de manifestações públicas na Europa. Em fevereiro, no primeiro evento em que participou desde sua saída do Brasil, manifestantes do Partido Nacional Renovador (PNR), de Portugal, interromperam uma conferência na Universidade de Coimbra. Dois homens tentaram acertá-lo com ovos.

Wyllys participava, na ocasião, de um debate sobre fake news e discurso de ódio contra minorias.

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