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Em São Bernardo, servidores municipais doam R$ 363 mil a petista

Campanha de Tarcísio Secoli vai mal, mas servidores da prefeitura comandada por Luiz Marinho (PT) financiaram 61,7% de sua campanha

Por João Pedroso de Campos Materia seguir SEGUIR Materia seguir SEGUINDO Atualizado em 22 out 2020, 17h25 - Publicado em 28 set 2016, 08h01

Na eleição que deve marcar um encolhimento do Partido dos Trabalhadores nas urnas, influenciado pelos recentes escândalos de corrupção e o impeachment da ex-presidente Dilma Rousseff, é grande a chance do partido ser varrido da Prefeitura de São Bernardo do Campo (SP), cidade do ABC paulista onde vive o ex-presidente Lula e que é comandada pelo petista Luiz Marinho (PT) desde 2009. Não será por falta de apoio financeiro da máquina municipal, no entanto, que a candidatura de Tarcísio Secoli (PT) deve naufragar ainda no primeiro turno. Dos 588.841 reais em doações eleitorais declaradas por Secoli ao Tribunal Superior Eleitoral (TSE) até agora, a menos de uma semana da votação, nada menos que 363.331 reais, o equivalente a 61,7% do caixa de sua campanha, vieram dos bolsos de 122 servidores municipais.

Embora a resolução 23.432 do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), baixada em 2014, proíba doações eleitorais por autoridades públicas “que exerçam cargos de chefia ou direção na administração pública direta ou indireta”, 11 secretários municipais, 14 secretários adjuntos, 23 chefes de departamento e 23 diretores de departamento doaram, no total, 254.440 reais à campanha de Tarcísio Secoli.

Os 108.891 reais restantes se dividem entre 14 assistentes, sete consultores, três coordenadores, dois assessores, nove gerentes e cinco inspetores da Guarda Civil Municipal. Ocupantes de cargos como professor substituto, administrador de centro poliesportivo, encarregado de serviço de segurança alimentar e nutricional, corregedor-geral da Guarda Civil Municipal e agente disciplinar também doaram.

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Os secretários que investiram dinheiro do próprio bolso na eleição de Secoli – e na manutenção de seus empregos (veja tabela abaixo) – são Nilza Aparecida de Oliveira (18.600 reais), da pasta de Orçamento e Planejamento Participativo; José Alexandre Pena Devesa (15.000 reais), de Esportes e Lazer; Odete Carmen Gialdi (11.000 reais), de Saúde; Raimundo José da Silva (9.400 reais), de Comunicação; Paulo José de Almeida (9.000 reais), de Finanças; José Augusto de Guarnieri Pereira (8.000 reais), de Administração e Modernização Administrativa; Alfredo Luiz Buso (7.000 reais), de Planejamento Urbano e Ação Regional; Tássia de Menezes Regino (5.000 reais), de Habitação; Cícero Ribeiro Silva (4.700 reais), de Segurança Urbana; João Ricardo Guimarães Caetano (4.400 reais), de Gestão Ambiental; e Paulo Dias Neves (3.000 reais), de Educação.

Embora os secretários municipais recebam os maiores salários na administração municipal de São Bernardo do Campo, 22.984 reais, são os secretários adjuntos os que mais colaboraram com a campanha do candidato petista: 85.200 reais no total, ante os 80.140 de seus superiores imediatos. Em terceiro no quesito generosidade vêm os diretores de departamento, que colaboraram com 61.150 reais.

As doações variam de 100 reais a 18.600 reais. Nilza Aparecida de Oliveira, a secretária de Orçamento e Planejamento Participativo, foi a servidora mais mão aberta com o candidato petista: 18.600 reais, equivalentes a 80% de seus vencimentos mensais. As mais econômicas na hora de colaborar com o projeto petista em São Bernardo do Campo foram Marjori Frabrícia Cerchiari, chefe de divisão de veterinária e controle de zoonoses, e Roberta Emanoela Moura Alves Mariano, chefe de seção de controle de zoonoses. Apesar do salário na casa dos 8.500 reais, as duas doaram apenas 100 reais cada.

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Ex-secretário de Obras da administração de Luiz Marinho, Tarcísio Secoli doou 60.000 reais à própria campanha, que também recebeu 5.040 reais do diretório municipal do PT em São Bernardo do Campo. Apesar da ajuda ostensiva dos funcionários da prefeitura, o petista já contratou despesas de 1,3 milhão de reais e vai acumulando, portanto, uma dívida da ordem de 772.718 reais.

Confira abaixo os secretários municipais que fizeram doações a Tarcísio Secoli e os valores doados:

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