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Em Itaipu, Bolsonaro chama ditador paraguaio de ‘estadista’

Presidente atribuiu o mérito da construção da usina aos militares brasileiros e homenageou Alfredo Stroessner, que governou o Paraguai por 35 anos

Por Da Redação 26 fev 2019, 16h59

No evento de posse do general Joaquim Silva e Luna, ex-ministro do governo Michel Temer, como diretor-geral do lado brasileiro da usina de Itaipu, o presidente Jair Bolsonaro homenageou o ditador paraguaio Alfredo Stroessner, a quem chamou de “estadista”.

Silva e Luna substituiu o advogado Marcos Stamm, nomeado durante a gestão do ex-presidente Michel Temer (MDB).

Bolsonaro viajou a Foz do Iguaçu para acompanhar a posse da nova diretoria de Itaipu, a primeira a ser presidida por um militar em 30 anos. O presidente paraguaio, Mario Abdo Benítez, também esteve presente. Além de Silva e Luna, tomou posse o vice-almirante Anatalício Risden Júnior, militar da reserva da Marinha, como diretor financeiro executivo.

“Isso tudo não seria suficiente se não tivesse, do lado de cá (paraguaio), um homem de visão, um estadista, que sabia perfeitamente que seu país, o Paraguai, só poderia prosseguir, progredir, se tivesse energia. Aqui também a minha homenagem ao nosso general Alfredo Stroessner”, afirmou o presidente, que foi aplaudido pela plateia.

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A usina de Itaipu foi construída entre 1975 e 1982, durante a ditadura militar brasileira. A inauguração ocorreu dois anos depois, em 1984, no governo do general João Baptista Figueiredo.

O general Alfredo Stroessner assumiu a presidência do Paraguai em 1954, através de um golpe militar que depôs Federico Chávez. Ele se manteve à frente do país por 35 anos, em sete mandatos consecutivos, e só deixou o cargo em 1989.

Durante o período Stroessner, foi registrado uma série de casos de tortura, perseguições, desaparecimentos e exilamentos. Ele morreu em Brasília em 2006, dezessete anos depois ter se exilado no país.

Em seu discurso, Bolsonaro ainda atribuiu o mérito da construção da usina de Itaipu aos generais brasileiros do período da ditadura militar. “Eu queria relembrar aqueles que realmente foram os responsáveis por essa obra. Isso tudo, as primeiras tratativas, começaram ainda lá atrás, no governo do marechal Castelo Branco”, disse Bolsonaro.

Segundo o presidente, o militar, que governou o país de 1964 a 1967, foi eleito “à luz da Constituição vigente naquele momento”. Castelo Branco foi eleito de forma indireta, em abril de 1964, após o golpe que depôs o então presidente João Goulart.

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