Em greve, policiais federais fazem ato em aeroporto de SP
Servidores querem reestruturação da carreira, reajuste salarial e contratação de mais policiais. Governo ordenou corte do ponto de grevistas
Policiais federais planejam um protesto para esta terça-feira no Aeroporto de Congonhas, na capital paulista. Em greve desde o último dia 7, os servidores estão entregando panfletos e conversando com passageiros sobre as demandas da categoria. Eles promoveram apitaços e abriram faixas com escritos sobre o “sucateamento” da PF, mas não atrapalham o funcionamento do aeroporto. O Sindicato dos Servidores da Polícia Federal de São Paulo (Sindpolf-SP) pede, entre outras coisas, reestruturação da carreira, reajuste salarial e contratação de servidores. As solicitações valem para agentes, papiloscopistas e escrivães.
Estavam previstas para esta semana novas operações-padrão – revistas mais rigorosas que vêm causando filas nos aeroportos -, mas o Superior Tribunal de Justiça (STJ) proibiu a prática na última quinta-feira. O ministro Napoleão Nunes Maia Filho considerou a ação lesiva à população e concedeu liminar a pedido do governo. A multa no caso de descumprimento é de 200 000 reais por dia para os sindicatos, e vale também para os representantes dos trabalhadores da Polícia Rodoviária Federal, que cruzaram os braços na segunda-feira.
Às 14 horas, os grevistas de São Paulo têm uma audiência no Tribunal Regional do Trabalho para negociar o dissídio da categoria.
Na última sexta-feira, o Ministério do Planejamento propôs um reajuste de 15,08% ao longo dos próximos três anos para os servidores de mais de trinta categorias em greve em todo o país. A proposta foi aceita por alguns setores, como algumas universidades federais. Outros, no entanto, como os funcionários da Polícia Federal, não concordaram e decidiram manter a paralisação.
Na segunda-feira, o ministro da Justiça, José Eduardo Cardozo, determinou o corte de ponto de servidores públicos que faltarem ao trabalho por causa da paralisação.
(Com Agência Estado)