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Em flerte com Moro, União Brasil garante compliance na tesouraria

Partido quer pente fino em recursos bilionários do fundo eleitoral e avalia que filiados como Davi Alcolumbre podem ser 'problema' para imagem da sigla

Por Laryssa Borges Materia seguir SEGUIR Materia seguir SEGUINDO Atualizado em 28 mar 2022, 17h35 - Publicado em 26 dez 2021, 16h15

Com planos para colocar de pé até fevereiro o partido resultante da fusão do Democratas com o PSL, o União Brasil tem feito importantes acenos no cortejo político ao ex-juiz Sergio Moro, a quem cogita se aliar em 2022. O mais simbólico deles passa por ter a tesouraria auditada periodicamente pelas gigantes do compliance KPMG, Ernest&Young e Alvarez&Marsal, esta última a mesma que contratou Moro depois de ele deixar o Ministério da Justiça de Jair Bolsonaro. As empresas terão, entre outras funções, a de auditar o uso que a sigla dará à parcela que lhe cabo no recém-aprovado fundo eleitoral de 4,9 bilhões de reais. Com a maior bancada da Câmara dos Deputados, a legenda abocanhará o maior naco dos recursos públicos.

Em conversas preliminares com o candidato do Podemos à Presidência da República, caciques disseram ter a impressão de que o ex-juiz está fazendo uma espécie de compliance própria sobre os quadros do partido para detectar possíveis focos de constrangimento. Na avaliação de dirigentes ouvidos por VEJA, um personagem específico ameaça tisnar a imagem pública idealizada pela cúpula da legenda: o senador e presidente da Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) do Senado Davi Alcolumbre (DEM-AP).

Desgastado após ter se articulado, como revelou VEJA, com o presidente do Senado Rodrigo Pacheco (DEM-MG) e com o senador Renan Calheiros (MDB-AL) para inviabilizar o nome do advogado André Mendonça para uma vaga no Supremo Tribunal Federal (STF), Alcolumbre foi citado nominalmente nos últimos dias como exemplo de que o projeto de depuração a que o DEM se propôs nos últimos anos ainda não está finalizado. Em outubro, reportagem de VEJA colocou o parlamentar no centro de um escândalo e mostrou um esquema de rachadinha de 2 milhões de reais dentro do gabinete dele no Senado. Seis assessoras o acusam de embolsar grande parte do salário delas, pagas para não trabalhar e ceder a ele a maior fatia de seus vencimentos e de benefícios como auxílios a filhos em idade pré-escolar.

A possibilidade de aliança do União Brasil com o candidato do Podemos deverá voltar à mesa de discussões em uma reunião entre Moro e o presidente do PSL Luciano Bivar em janeiro, onde também será avaliado em pé está a construção de pelo menos 12 palanques estaduais para o ex-juiz.

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