Em Cuiabá, acusação de falsas contratações para comprar votos
Candidato Wilson Santos apresentou notícia-crime com pedido para que seja aberto inquérito policial para apurar as suspeitas contra Emanuel Pinheiro
Acusações mútuas entre os principais candidatos à prefeitura de Cuiabá, Emanuel Pinheiro (PMDB) e Wilson Santos (PSDB) permearam toda a campanha eleitoral na capital mato-grossense. Neste sábado, às vésperas da votação em segundo turno, os dois candidatos voltaram a se digladiar. Em ambos os casos, acusam o adversário de compra de votos.
Depois do anúncio de que o Ministério Público Eleitoral ingressou com representação contra Wilson Santos por distribuir dinheiro e organizar um churrasco para que fossem arregimentados eleitores para uma reunião política, o próprio tucano anunciou ter protocolado notícia-crime contra o peemedebista Emanuel Pinheiro. As suspeitas levantadas por Santos são de que o concorrente simulou a contratação de 49 pessoas, a 50 reais cada uma, para atuar como fiscais na eleições. Os valores, no entanto, seriam simplesmente compra de votos, já que os supostos fiscais não tinham contratos nem foi necessário que trabalhassem verdadeiramente. Na última quinta, o comitê de campanha de Emanuel Pinheiro foi alvo de um mandado de busca e apreensão.
A denúncia de compra de votos foi feita por um funcionário que disse ter trabalhado para Pinheiro no primeiro turno. Ele registrou em cartório depoimento em que relata o pagamento aos supostos fiscais e diz que “embora realizado o pagamento, não foi exigido a contraprestação do serviço”. Ainda conforme o denunciante, depois de ter em mãos os nomes de todas as pessoas que receberiam os cheques no valor de 50 reais, teria sido realizada uma falsa pesquisa de intenção de votos para “confirmar” se votariam ou não em Emanuel Pinheiro. O tucano pediu que seja instaurado inquérito policial para apurar o caso.