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Eleições municipais 2020: a aposta da esquerda em candidatos da polícia

Dobra o número de candidatos a prefeito que vêm da área de segurança pública, e eles não são só de partidos de direita ou de centro

Por Eduardo Gonçalves Materia seguir SEGUIR Materia seguir SEGUINDO Atualizado em 1 out 2020, 11h19 - Publicado em 29 set 2020, 18h58

A eleição do capitão reformado Jair Bolsonaro e do general Hamilton Mourão em 2018 veio na esteira de um movimento que levou um número recorde de policiais e militares ao Legislativo – o salto, segundo o Tribunal Superior Eleitoral (TSE), foi de 18 eleitos em 2014 para 73, incluindo as vagas em Assembleias Legislativas, Câmara dos Deputados e Senado.

O resultado levou a um aumento também nas candidaturas dessas categorias na disputa municipal deste ano. Segundo os últimos dados disponibilizados pelo TSE, dobrou o número de policiais militares, civis e membros das Forças Armadas em 2020 ante o último pleito municipal, em 2016. Agora, são 388 candidatos a prefeito contra 188. A maioria é filiada a partidos de direita ou centro, mas o fenômeno abriu os olhos também das siglas de esquerda para a importância de ter representantes da área de segurança pública em suas fileiras.

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Pela primeira vez em sua história, o PT lançou uma policial militar para disputar uma eleição majoritária em Salvador. A major Denice Santiago disputa a prefeitura da capital baiana com outro ex-policial militar, o sargento, pastor e deputado Isidório (Avante), que também já foi filiado ao PT e é hoje um dos maiores críticos do presidente Bolsonaro na bancada evangélica da Câmara. No material de campanha da major, o partido do ex-presidente Lula faz questão de frisar a carreira militar da candidata. No jingle lançado nesta segunda-feira, dia 28, cujo nome é “Major Denice na missão”, há menções à “ronda na rua” e “ela dá carinho, mas bota na linha”.

A delegada Adriana Accorsi. candidata à prefeitura de Goiânia pelo PT (./Divulgação)

Em Goiânia, o PT escolheu a ex-delegada Adriana Accorsi para disputar a prefeitura. Deputada estadual pelo segundo mandato e filha do ex-prefeito Darci Accorsi (PT), que governou a cidade de 1993 a 1996, ela, ao contrário de 2016, quando disputou o mesmo cargo, faz questão de destacar a sua carreira como delegada e “especialista em segurança pública e ciências criminais”. O nome na urna agora é Delegada Adriana. Com mais de 20 anos na Polícia Civil, ela atuou em diversas delegacias do estado.

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No Rio de Janeiro, o PDT, por sua vez, formalizou em parceria com o PSB a candidatura da ex-delegada Martha Rocha. Ela iniciou a campanha nesta semana falando em retomar um projeto de educação de Leonel Brizola, maior líder político da história do PDT, e se encontrando com o deputado Alessandro Molon (PSB), um dos maiores opositores do governo Bolsonaro na Câmara. O PSOL também decidiu escolher um coronel da reserva da Polícia Militar, Ibis Pereira, como vice da deputada estadual Renata Souza para disputar a prefeitura da capital fluminense.

No Paraná, o PT também escolheu um policial para ser vice do candidato Paulo Opuszka (PT): será Pedro Felipe, delegado da Polícia Civil, que só foi filiado pelo partido em fevereiro deste ano. No evento de filiação, o site do PT informou que o partido “recebeu com entusiasmo a filiação do delegado”.

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