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‘Ele me botou aqui e deveria ser ministro’, diz Bolsonaro sobre Carlos

Presidente declarou em entrevista a rádio que o filho 'Zero Dois' o ajuda com as redes sociais, mas não está 'pleiteando' uma vaga no governo

Por João Pedroso de Campos Materia seguir SEGUIR Materia seguir SEGUINDO Atualizado em 8 abr 2019, 21h52 - Publicado em 8 abr 2019, 21h03

O presidente Jair Bolsonaro declarou nesta segunda-feira, 8, que seu filho Carlos Bolsonaro e o trabalho dele nas redes sociais foram os responsáveis por sua eleição ao Palácio do Planalto. A afirmação do presidente, que é criticado pela influência recebida dos filhos, sobretudo de Carlos, foi feita em uma entrevista à rádio Jovem Pan, quando questionado sobre o polêmico vídeo que publicou no Twitter que mostrava um rapaz urinando sobre a cabeça de outro em um bloco de Carnaval.

Embora tuítes do “Zero Dois”, como Carlos é chamado pelo pai, já tenham levado à demissão de um ministro – Gustavo Bebianno, ex-chefe da Secretaria-Geral da Presidência da República –, Jair Bolsonaro disse que o filho nunca “atrapalhou em nada”. Para o presidente, o vereador carioca pelo PSC deveria ocupar um ministério em seu governo, mas resiste à ideia.

“O Twitter, Facebook, Instagram não me tomam mais de 30 minutos por dia. Quem realmente me ajuda nessa coordenação é o Carlos Bolsonaro, por isso muita gente quer afastá-lo de mim. ‘Ah, o pit bull tá atrapalhando.’ Atrapalhando o quê? No meu entender, não atrapalhou em nada. Eu acho até que ele deveria ter cargo de ministro, ele me botou aqui, foi realmente a mídia dele que me botou aqui. Ele não tá pleiteando um cargo de ministro, poderia botá-lo, mas não está pleiteando isso aqui.”

Responsável pelas redes sociais e pela estratégia da campanha de Bolsonaro em 2018, Carlos Bolsonaro é o filho mais próximo do presidente e atuou em Brasília no período da transição de governo. Seu nome passou a ser cogitado para a Secretaria Especial de Comunicação, com status de ministério, após declarações de Gustavo Bebianno, mas o próprio Carlos deu declarações públicas de que não ocuparia cargo na gestão do pai. O vereador interpretou o movimento de Bebianno como uma tentativa de “queimar” sua indicação.

“Já falei que não aceitarei Ministério ou Secretaria com status de, mesmo que tal situação seja permitida por lei. Repito novamente e novamente… Sigo meu trabalho sem problema algum no Rio. O resto das especulações é desconhecimento ou mau caratismo mesmo. Fim da história!”, escreveu no Facebook em novembro de 2018.

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Mesmo com o mandato na Câmara do Rio de Janeiro, contudo, Carlos Bolsonaro manteve influência sobre o pai, que chegou ao ápice durante a crise que levou à demissão de Gustavo Bebianno. Enquanto o presidente estava internado para se recuperar da cirurgia de retirada da bolsa de colostomia, em fevereiro, Bebianno declarou que havia conversado com Bolsonaro três vezes em meio à crise provocada pelas candidaturas laranjas do PSL. Carlos escreveu no Twitter que era mentira e publicou um áudio em que o presidente desmentia o ex-ministro.

Depois da demissão, VEJA revelou áudios trocados entre Bebianno e o presidente nos quais ficava claro que ele havia conversado com Bolsonaro durante a internação dele em São Paulo.

Em entrevista após ser demitido, Gustavo Bebianno declarou que o vereador carioca havia feito “macumba psicológica” em Bolsonaro e “tem um nível de agressividade acima do normal”. “Eu fui demitido pelo Carlos Bolsonaro, simples assim, na verdade não era nem para ter assumido”, disse Bebianno à época.

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